Hoje na Economia 29/08/2017

Hoje na Economia 29/08/2017

Edição 1840

29/08/2017

A aversão ao risco volta a tomar conta dos mercados no dia de hoje diante do agravamento das tensões geopolíticas na Península Coreana. A Coreia do Norte lançou, ontem, míssil que sobrevoou o território do Japão antes de cair no mar, levando a nova escalada da crise na região. Ativos considerados mais seguros, como o iene, o ouro e os Treasuries são beneficiados, em detrimento às ações, consideradas mais arriscadas.

Nesta manhã, o juro da T-note de 10 anos caiu para 2,093%, enquanto o dólar recuava para 108,58 ienes, de 109,23 ienes de ontem à tarde. O ouro à vista subia 1,15%, a US$ 1.324,97 por onça troy. O euro sustenta a tendência de valorização observada desde o final da semana passada, quando o presidente do BCE, Mario Draghi, não se mostrou preocupado com a valorização da moeda única. No momento o euro avança a US$ 1,2039 de US$ 1,1978 no final da tarde de ontem.

Os futuros de ações das principais bolsas americanas operam com forte queda, nesta manhã: Dow Jones -0,56%; S&P 500 -0,72%; Nasdaq -0,93%.

As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em queda nesta terça feira, por conta do aumento das tensões geopolíticas na Coreia do Norte. No Japão, a bolsa de Tóquio fechou em baixa (índice Nikkei -0,45%) à medida que os investidores evitaram ações e buscaram segurança no iene após as notícias sobre o míssil lançado pelos norte-coreanos sobre o Japão. Na China, bolsas locais foram na contramão das demais na região. O índice Xangai Composto fechou com valorização moderada (+0,08%). Em Hong Kong, o índice Hang Seng seguiu a tendência das demais bolsas da região, fechando em baixa de 0,35%.

Na Europa, como nos demais mercados, prevalece à aversão ao risco, levando as bolsas de ações a operarem no vermelho, com intensidade só observada há cerca de seis meses. O índice de ações pan-europeu, STOXX600, registra queda de 1,38%, nesta manhã. Principais mercados acionários europeus seguem a tendência: Londres -1,28%; Paris -1,33%; Frankfurt -1,66%.

Os futuros de petróleo operaram sem direcional único ao longo da madrugada, após terem registradas perdas na sessão de ontem, em reação aos prejuízos causados à indústria petrolífera dos EUA pelo furacão Harvey. Nesta manhã, o barril do petróleo tipo WTI para outubro era negociado a US$ 46,65 com alta de 0,26%.

Os mercados domésticos devem abrir na defensiva, acompanhando a tendência observada no exterior pela busca por proteção em ativos seguros. O nervosismo entre os investidores domésticos pode ser acentuado diante da possibilidade de a Procuradoria Geral da República (PGR) apresentar, a qualquer momento, a segunda denúncia contra o presidente Michel Temer. O dólar deve se valorizar, os juros voltarem a subir nos vértices mais longos da curva a termo, enquanto a Bovespa deverá acompanhar a tendência de baixa apontada pelos futuros das bolsas de ações americanas.

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