Hoje na Economia – 29/08/2019

Hoje na Economia – 29/08/2019

29/08/2019

Edição 2328

China sinaliza que não deve retaliar em reação à última rodada de elevação de tarifas protecionistas decidida pelo governo americano na semana passada. Afirmou também que China e EUA continuam “em comunicação efetiva” sobre a atual disputa comercial, e que ambos os lados estão discutindo se seguirão adiante com as negociações marcadas para setembro.

Na Ásia, as bolsas da região fecharam sem direcional único. O índice MSCI Asia Pacific fechou perto da estabilidade, com poucas oscilações durante o pregão. Investidores permaneceram de olho na guerra comercial China e EUA, na inversão da curva de juros futuros americana e as questões políticas na Itália e no Reino Unido. China e Japão já tinham encerrados os negócios por ocasião dos comentários do porta-voz do Ministério de Comércio da China, mostrando a disposição dos chineses de manter a porta aberta para a retomada das negociações. Na China, o índice Xangai Composto caiu 0,10%, enquanto o Nikkei recuou 0,09% na bolsa de Tóquio. O dólar é cotado a 106,23 ienes, subindo em relação ao valor de 106,01 do final da tarde de ontem. Em Hong Kong, o índice Hang Seng subiu 0,34%, uma vez que o mercado ainda operava quando o ministério chinês se manifestou, mas o sul-coreano Kospi fechou com queda de 0,40%.

As boas chances de retomada do diálogo entre EUA e China em setembro sustentam a alta dos futuros de ações americanos. O índice futuro do Dow Jones opera com alta de 0,94%, no momento; do S&P 500 sobe 0,90%; Nasdaq tem ganho de 1,15%. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos sobe 1,02% nesta manhã, mas ainda permanece abaixo de 1,50% ao ano (1,4945%, agora). O índice DXY tem alta moderada diante das moedas fortes, subindo 0,06%, situando-se em 98,27. Sobe firme diante das moedas emergentes, motivado por certa aversão ao risco criada em torno da moratória declarada pela Argentina. Hoje será divulgada a segunda estimativa do PIB do 2º trimestre dos EUA, que deve mostrar ligeiro recuo em relação à preliminar, de 2,1% para 2%, segundo o consenso do mercado.

Na Europa, investidores mostram-se mais animados com as chances de retomada do diálogo comercial entre americanos e chineses, deixando em segundo plano os imbróglios políticos na formação do novo governo na Itália e as questões envolvendo o Brexit no Reino Unido. No momento, o índice pan-europeu de ações, STOXX600, sobe 1,05%; em Londres o FTSE100 avança 1,10%; o CAC40 tem alta de 1,42% em Paris; o DAX se valoriza 1,22% em Frankfurt. O euro troca de mãos a US$ 1,1077, recuando ante o valor de US$ 1,1082 de ontem à tarde.

No mercado de petróleo, o contrato futuro do produto tipo WTI é negociado a US$ 56,14/barril, com alta de 0,63%, no momento. O otimismo em relação aos avanços nas conversações comerciais sino-americanas dá sustentação à alta das cotações da commodity, nesta manhã.

A agenda econômica brasileira prevê a divulgação de importantes indicadores que deverão mexer com a curva de juros futuros, alimentando apostas quanto os próximos movimentos da política monetária. A FGV divulga o IGP-M de agosto, que deverá mostrar deflação de -0,65% no mês e alta de 4,98% no acumulado em 12 meses. Essa queda no mês reflete o forte recuo nos preços das commodities, reação à valorização global do dólar. O IBGE divulga o PIB do 2º trimestre, que deverá mostrar crescimento de 0,2% na comparação trimestral dessazonalizada, evitando a chamada “recessão técnica”, já que o 1º trimestre fechou com queda de 0,20%.

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