Hoje na Economia 29/09/2015

Hoje na Economia 29/09/2015

Edição 1367

29/09/2015

Incertezas sobre o crescimento global em meio à desaceleração da economia chinesa e dúvidas quanto ao próximo movimento do Fed pesam sobre os ativos de risco em geral, alimentando a volatilidade. Petróleo e commodities metálicas recuperam-se das perdas recentes, favorecendo papeis de mineradoras, bem como as moedas de alguns países emergentes.

Temores com a desaceleração econômica da China e o potencial impacto sobre a economia global levaram as bolsas da Ásia a fecharem em forte queda. O índice MSCI Asia Pacific encerrou o dia com queda de 3,1%. A bolsa de Tókio atingiu, nesta terça-feira, o seu nível mais baixo em oito meses. O índice Nikkei recuou 4,05%, no pregão de hoje. O iene se valorizou frente às principais moedas, resultante de busca por porto seguro. O dólar é cotado a 119,85 ienes, nesta manhã, contra 120,45 ienes de ontem. Na China, o índice Xangai Composto caiu 2,02%, enquanto o índice Hang Seng de Hong Kong perdeu 2,97%.

No mercado americano, os sinais são de estabilização, com possível volta do mercado de ações ao terreno positivo, a se depreender do comportamento do mercado futuro de ações no momento. O índice futuro do S&P 500 opera com alta de 0,38%, o que pode interromper uma sequência de cinco dias consecutivos de quedas no mercado acionário americano. No mercado de bonds, a Treasury de 10 anos remunera a 2,090% ao ano, enquanto o dólar índex mostra estabilização da divisa americana frente ás principais moedas.

Na Europa, foi divulgado o índice de sentimento econômico da zona do euro, que subiu para 105,6 em setembro, de 104,1 em agosto. Empresas e famílias não parecem preocupadas com os efeitos do crescimento mais lento da China sobre a economia mundial e nem com os alertas das autoridades monetárias sobre a lenta recuperação da zona do euro. Mercados de ações operam em queda, nesta manhã, com foco na China e commodities. O índice STOXX600 registrando perda de 0,26%, no momento. Em Londres, bolsa local perde 0,53%; Paris -0,03% e Frankfurt +0,20%. O euro troca de mãos a US$ 1,1234, com queda de 0,10% ante a moeda americana.

No mercado de petróleo o produto tipo WTI é negociado a US$ 44,86/barril, com alta de 1,04%, num movimento de recuperação técnica diante das quedas recentes.

Os mercados domésticos continuarão repercutindo as questões políticas internas, enquanto acompanham a evolução dos principais mercados internacionais. Amanhã deverão ser votados, pelo Congresso, dois importantes vetos da presidente Dilma: o que barra o reajuste salarial do Judiciário e o que impede que se estenda a correção do salário mínimo aos aposentados que recebem mais de um mínimo. Hoje se espera por algum sinal sobre a reforma ministerial, que deve aumentar o espaço do PMDB no governo. A presidente busca recuperar parte da governabilidade perdida nos últimos meses. Nesse contexto, carregado de incertezas, os ativos em geral permanecerão com alta volatilidade, em meio a forte aversão ao risco.

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