Hoje na Economia 29/10/2014

Hoje na Economia 29/10/2014

Edição 1146

29/10/2014

O foco hoje estará voltado para os Estados Unidos, onde se aguarda pelo desfecho da reunião de mercado aberto do Fed (Fomc/Fed). É esperado o término do programa de compra de ativos nesta reunião, atualmente em US$ 15 bilhões/mês, segundo cronograma estabelecido previamente. A atenção dos investidores se voltará para o comunicado que será divulgado após o encontro, que além de reiterar a permanência dos juros próximos de zero, poderá trazer alguma indicação sobre o momento em que o Fed começará o aperto monetário.

O dólar recua pelo terceiro dia consecutivo, refletindo o crescimento desequilibrado da economia americana, levando os investidores a ajustarem suas perspectivas sobre o momento em que os juros começarão a subir nos EUA. O índice Bloomberg Dollar Spot, formado por uma cesta de moedas de 10 importantes parceiros comerciais americanos, recua 0,10% no dia de hoje, após queda de 0,30% no dia de ontem. O juro pago pela Treasury de 10 anos encontra-se em 2,282% ao ano, enquanto os futuros dos índices de ações S&P e D&J apuram ligeiras perdas: -0,08% e -0,03%, respectivamente.

Na Europa, enquanto aguardam pela decisão do Fed, mercados de ações operam em alta. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, apura valorização de 0,20%, nesta manhã. Em Londres, o FTSE100 sobe 0,42%, enquanto o CAC40 de Paris flutua em torno da estabilidade e o DAX30 de Frankfurt apura alta de 0,55%. O euro é negociado a US$ 1,2725, recuando ante a cotação de US$ 1,2736 do final da tarde de ontem.

Na Ásia, o índice MSCI Asia Pacific fechou a sessão de hoje com alta de 1,3%, o melhor desempenho desde 29 de setembro. Destaque para a bolsa de Hong Kong, onde o índice Hang Seng subiu 1,27%, eliminando as perdas acumuladas nos dias em que a região foi tomada pelos protestos a favor da democracia. Em Xangai, o índice Xangai Composto apurou alta de 1,50%. No Japão, dados mostrando que a produção industrial de setembro registrou o melhor desempenho dos últimos oito meses ajudaram a impulsionar o mercado acionário local. O índice Nikkei fechou o dia com valorização de 1,46%. Ajudou também a recuperação do dólar, que voltou a operar acima de 108,00 ienes (108,05 ienes, no momento).

No mercado de petróleo, o produto tipo WTI é negociado a US$ 81,88/barril, nesta manhã, com alta de 0,56%, no momento. Entre as demais commodities, destaque para metais que sobem 0,15% e agrícolas que se valorizam 0,66%.

No mercado doméstico, as atenções estarão voltadas para a reunião do Copom, que termina hoje à tarde. O interesse não será tanto pelo resultado, onde a maioria dos analistas espera pela manutenção da Selic em 11% ao ano. A reeleição da presidente Dilma e especulações sobre a permanência de Tombini à frente do Banco Central aumentam o interesse sobre o comunicado, que pode trazer um tom mais "hawkish" para os mercados.

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