Hoje na Economia 29/11/2018

Hoje na Economia 29/11/2018

Edição 2146

29/11/2018

Os mercados oscilam entre os estímulos decorrentes do comentário dovish do presidente do Fed, Jerome Powell, e as preocupações em relação ao encontro de cúpula entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e da China, Xi Jinping, na reunião do G-20, neste final de semana.

Na tarde de ontem, Jerome Powell afirmou que os juros básicos americanos estão "pouco abaixo" do chamado nível neutro, sugerindo que o ritmo do aperto monetário do Fed poderá desacelerar. Os mercados intensificaram a precificação da projeção de apenas duas altas do juro básico pelo Fed em 2019, ao invés de três altas previstas nas estimativas do próprio Fed. O dólar se enfraquece frente às principais moedas (índice DXY recua 0,13%, nesta manhã), enquanto o yieldpago pelo T-Note de 10 anos recuou para 3,0134% ao ano de 3,055% no fim da tarde de ontem. O rali que as bolsas americanas apresentaram ontem após a fala de Jerome Powell não deve se repetir no pregão de hoje, conforme se depreende dos futuros da bolsa de Nova York. O índice futuro do Dow Jones recua 0,19%, no momento; do S&P 500 cai 0,18%; Nasdaq futuro perde 0,29%.

Na Ásia, as bolsas de ações da região fecharam sem direção única nesta quinta-feira. Foram influenciadas positivamente pelo rali visto ontem em Nova York após comentário de Powell, mas também mostraram cautela antes da reunião de cúpula do G-20 na Argentina, neste final de semana, quando EUA e China buscarão superar as atuais divergências comerciais. O índice regional de ações MSCI Asia Pacific fechou a sessão de hoje com alta de 0,7%. A bolsa de Tóquio fechou no azul, onde o índice Nikkei teve valorização de 0,39%, a quinta alta consecutiva. O sul-coreano Kospi avançou 0,28% em Seul; e o Taiex ficou praticamente estável em Taiwan. Operaram no vermelho, as bolsas chinesas, onde o índice Composto de Xangai fechou com queda de 1,32%, com investidor preocupado com o enfraquecimento da segunda maior economia do mundo. Em Hong Kong, o Hang Seng apurou perda de 0,87%.

Na Europa, bolsas operam no azul, refletindo o sentimento positivo que sustentou alguns mercados asiáticos, na expectativa de que o Fed poderá fazer uma pausa na alta dos juros, no próximo ano. O índice regional de ações STOXX600 sobe 0,68%, nesta manhã. Principais praças da região também operam com altas firmes: Londres avança 0,76%; Paris tem alta de 1,02%; Frankfurt valoriza 0,78%. O euro troca de mãos a US$ 1,1387, com valorização de 0,11% ante a moeda americana.

Os contratos futuros de petróleo recuam forte nesta manhã, após operarem em alta em boa parte da madrugada. Pesam dúvidas quanto à disposição da Opep e de outros grandes produtores de decidirem a favor de cortes adicionais na produção da commodity, neste final de ano. Nesta manhã. O contrato futuro do produto tipo WTI é negociado a US$ 49,83/barril, com queda de 0,91%.

Na agenda doméstica de indicadores econômicos, destaque para a divulgação do IGP-M de novembro, que deve marcar deflação de 0,45% no mês e inflação acumulada de 9,72% na métrica de doze meses, segundo o consenso do mercado. Pelo lado da atividade, o IBGE divulga a taxa de desemprego, apurada pela pesquisa PNAD Contínua, que deve recuar de 11,9% em setembro para 11,7% com o dado de outubro.

Topo