Hoje na Economia – 29/11/2022

Hoje na Economia – 29/11/2022

Economia Internacional

Nos EUA, o índice de atividade do Fed de Dallas divulgado ontem manteve-se em campo negativo em novembro, mas veio acima do esperado pelo mercado (-14,4 ante -21,0) e subiu em relação ao dado anterior (-19,4). No front de política monetária, Williams e Bullard reforçaram o tom hawkish, sinalizando que a taxa de juros terminal esperada por eles pode ser revisada para cima e que o ciclo de cortes pode ser prorrogado para 2024, com manutenção de juros por mais tempo do que o previsto.

Na China, o noticiário ligado ao quadro sanitário foi relativamente positivo no overnight, o que contribuiu para a melhora nos mercados locais. Autoridades voltaram a focar na vacinação de idosos e apontaram eventuais excessos nas medidas de restrição impostas em algumas regiões do país.

Para hoje, a agenda global conta com a divulgação do índice de confiança do consumidor do Conference Board nos EUA, dados de inflação preliminares na Alemanha e confiança do consumidor na Zona do Euro.

Economia Nacional

O Relatório Focus de ontem trouxe nova revisão altista para a inflação de 2022, cujo consenso subiu de 5,88% para 5,91%. Para 2023, o IPCA esperado saiu de 5,01% para 5,02%, enquanto o número para 2024 manteve-se em 3,50%. Em termos de política monetária, a expectativa para a meta da taxa Selic ao final de 2022 permaneceu em 13,75% e a de 2023 continuou em 11,50%, número revisado na semana anterior refletindo a deterioração da discussão fiscal corrente. Para o PIB, o consenso para o crescimento de 2022 subiu ligeiramente, de 2,80% para 2,81%, e o de 2023 manteve-se em 0,7%.

As notas de crédito divulgadas ontem pelo Banco Central mostraram alta de 1,0% M/M do estoque de crédito em outubro, em linha com a expectativa mediana do mercado (1,1% M/M). Destaque negativo foi a ligeira alta na taxa de inadimplência, que subiu de 2,9% para 3,0%.

No front político, o texto da PEC da Transição foi protocolado ontem à noite no Senado, incorporando a retirada de R$ 198 bilhões do teto de gastos pelos próximos 4 anos. Mercados estão atentos a tramitação no Congresso, avaliando a intensidade da desidatração.

Destaque da agenda de dados hoje é o IGP-M de novembro, que deve desacelerar o ritmo de deflação e variar -0,36% M/M.

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