Hoje na Economia 30/01/2013

Edição 718

30/01/2013

As atenções estarão voltadas à agenda econômica norte-americana, que poderá dar um direcional para os ativos em geral no dia de hoje. Na parte da manhã (11:30h) será conhecido o PIB do 4º trimestre, que segundo consenso deve ter crescido a um ritmo anualizado de 1,1%, o menor em dois anos. A ADP deve anunciar a criação de 165 mil novos empregos pelo setor privado em janeiro. No final da tarde (17:15h) sai a decisão da reunião de política monetária do Fed/Fomc. Interesse em saber como o Fed está avaliando a evolução recente do mercado de trabalho, ao mesmo tempo em que se espera pela renovação do compromisso de manter o programa de compra de ativos.

Na Europa, os mercados mostram fracas oscilações. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, registra queda discreta, nesta manhã. Em Londres, o índice FTSE100 opera estável, ao passo que o CAC40 de Paris e DAX30 de Frankfurt registram fracas altas: +0,11% e +0,09%, respectivamente. O euro é negociado acima de 1,35 por dólar, pela primeira vez desde dezembro de 2011.

Os futuros das principais bolsas americanas também não mostram tendência definida nesta manhã. Tanto o S&P como D&J oscilam em torno da estabilidade. O dólar encontra-se estável ante as principais moedas, enquanto o juro pago pelo T-Bond de 10 anos subiu de 1,99% ontem para 2,03%, neste momento.

Na Ásia, bolsas fecharam em alta. O índice MSCI Asia Pacific registrou ganho de 0,6%. No Japão, o índice Nikkei superou a marca dos 11 mil pontos, pela primeira vez desde abril de 2010, impulsionado pela fraqueza do iene, estimulando a confiança dos investidores nos papeis de empresas exportadoras. O valor do dólar subiu de 90,75 ienes ontem para 91,15 ienes, nesta manhã. Em ralação ao euro, a cotação atingiu 123,08 ienes, a mais alta desde maio de 2010. Na China, a bolsa de Xangai fechou com valorização de 1,0%, enquanto Hong Kong apurou valorização de 0,71%.

Enquanto se espera pelo comunicado, que o Fed deverá divulgar no final da reunião de política monetário nesta tarde, o petróleo tipo WTI sustenta o patamar de US$ 97,55/barril, o mais alto dos últimos quatro meses. Demais commodities também operam em alta, com destaque para metálicas que sobem 0,95% no momento e agrícolas (+0,22%).

Resultados sobre o PIB americano, além da reunião do Fomc, devem também balizar o desempenho da Bovespa no dia de hoje. No mercado de câmbio, a cotação do dólar recuou para baixo de R$ 2,00/$ no dia de ontem, resultado da preocupação do BC com o atual momento inflacionário. No entanto, o movimento de queda não deve perdurar, dado que os fundamentos não favorecem a apreciação adicional do real, no momento. No mercado de juros, o anúncio de aumento de 6,6% para a gasolina a partir de hoje deve elevar as preocupações com a inflação, mantendo pressionada a curva de juros futuros.

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