Hoje na Economia 30/01/2014

Hoje na Economia 30/01/2014

Edição 961

30/01/2014

Mercados iniciam esta manhã em queda, com investidores temerosos com os efeitos do "tapering" sobre as economias emergentes, agravados pelos sinais crescentes de desaceleração da economia chinesa. O Fed reduzirá suas compras mensais de ativos para US$ 65 bilhões a partir de fevereiro, satisfeito com a boa forma apresentada pela economia americana. Na China, a atividade industrial se contraiu pela primeira vez em seis meses, com o índice PMI/HSBC-manufatura ficando em 49,5 pontos em janeiro contra 50,5 pts registrados em dezembro.

Bolsas asiáticas fecharam em baixa, com o índice MSCI Asia Pacific apurando perda de 1,5% no dia de hoje. Sinais de enfraquecimento da demanda doméstica chinesa, em meio aos esforços da autoridade monetária em impedir um "credit crunch", levaram o investidor a reduzir suas posições em ações às vésperas dos feriados de Ano Novo. A bolsa de Xangai recuou 0,82%, enquanto o índice Hang Seng de Hong Kong apurou perda de 0,48%. Em Tókio, o índice Nikkei caiu 2,45%. O iene continua sendo negociado por volta de ¥102,2/US$, patamar atingido no dia de ontem por conta da busca por porto seguro em linha com o aumento da aversão ao risco em relação aos mercados emergentes.

Acompanhando os pares asiáticos, investidores europeus também evitam exposição em ações nesta manhã. O índice pan-europeu de ações opera em queda de 0,72%, enquanto Londres, Paris e Frankfurt registram perdas de 0,49%, 0,74% e 0,62%, respectivamente. O euro é cotado a US$ 1,3607, recuando frente à cotação de US$ 1,3661 de ontem à tarde.

Os futuros das bolsas americanas, por sua vez, operam em sentido contrario a tendência ditada pela maioria das bolsas mundiais. Os índices futuros do S&P e D&J registram ligeiras altas (+0,11% e +0,09%, respectivamente) no momento. O dólar, estimulado pela nova redução no programa de compra de ativos pelo Fed, sobe firme frente às principais moedas, com o dólar index registrando alta de 0,40%, no momento. Oyield pago pela Treasury de 10 anos encontra-se flutuando em torno de US$ 2,687%, refletindo ainda demanda por ativos seguros.

No mercado de petróleo, o produto WTI se recupera ante as perdas recentes, sendo cotado a US$ 97,64/barril, com alta de 0,29%, nesta manhã. Demais commodities permanecem sofrendo os efeitos da desaceleração da China e crise nos emergentes. As commodities metálicas perdem 0,15%, enquanto metais preciosos caem 0,41%. As agrícolas mostram-se estáveis.

Com investidor da defensiva, assustado com os efeitos do tapering sobre as economias emergentes, conjugado ao enfraquecimento da economia chinesa, a Bovespa continua sem bons motivos para uma reação mais firme. No mercado de câmbio, a tendência de desvalorização da maioria das moedas emergentes frente ao dólar permanece, em que pese os esforços de África do Sul, Índia, Turquia, Malásia, etc. em subirem as respectivas taxas de juros. O real deve continuar cedendo ante a força global da moeda americana. Em cenário de câmbio pressionado e mau humor com a economia brasileira, dificilmente se verá movimento de fechamento da curva de juros futuros, em que pese os altos patamares atingidos.

Superintendência de Economia
SulAmérica Investimentos

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