Hoje na Economia 30/01/2018

Edição 1942

30/01/2018

Bolsas da Ásia, Europa e índices futuros dos EUA operam em queda nesta manhã, enquanto ocorrem fortes vendas nos mercados de títulos soberanos, em meio à alta do dólar e queda nos preços do petróleo. A alta dos juros dos títulos governamentais põe à prova a valorização das ações, nesta temporada de divulgação de balanços, após os fortes ralis ocorridos neste início de ano. Investidores também optam pela cautela enquanto aguardam pelo discurso do Estado da União do presidente dos EUA, Donald Trump, fará a partir da 0h desta quarta-feira.

O yield pago pela Treasury de 10 anos mantém-se no mais elevado patamar desde 2014, enquanto que o dólar se fortalece frente às principais moedas (índice DXY sobe 0,27%, nesta manhã), com investidores aguardando pelo desfecho da reunião de política monetária do Fed (Fomc), que anuncia o resultado amanhã. Os índices futuros das principais bolsas de Nova York operam no vermelho, no momento: Dow Jones cai 0,54%; S&P 500 recua 0,36%; Nasdaq perde 0,43%.

Na Ásia, mercados de ações locais fecharam majoritariamente em baixa, acompanhando as quedas das bolsas americanas ontem, refletindo, também, o forte recuo das bolsas japonesas em função das vendas de papeis de tecnologia. A volatilidade recente no câmbio, o roubo de US$ 530 milhões em criptomoedas e rumores de que a Apple pretende reduzir a produção de seu smartphone mais sofisticado derrubaram a bolsa de Tóquio, O índice Nikkei teve queda de 1,43%. O dólar é negociado a 108,71 ienes, que se compara a cotação de 108,94 ienes de ontem à tarde. Na China, o índice Xangai Composto recuou 0,99%; em Hong Kong, o Hang Seng sofreu baixa de 1,09%; em Seul, o Kospi caiu 1,17%; o Taiex de Taiwan perdeu 1,29%. O índice regional de ações, MSCI Asia Pacific teve perda de 1,2%, no pregão desta terça-feira.

Na Europa, principais bolsas da região seguem a tendência ditada pelos principais mercados asiáticos. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, recua 0,43%, no momento. Principais bolsas da região sustentam trajetória idêntica: Londres -0,42%; Paris -0,24%; Frankfurt -0,35%. Os juros pagos pelos títulos soberanos europeu operam em forte alta, agravando o movimento de vendas de ações, enquanto se aguarda pela divulgação do PIB europeu. Segundo o consenso do mercado, o PIB do 4º trimestre da zona do euro deve ter subido 0,6% em bases trimestrais e 2,6% diante de mesmo trimestre de 2016. No mercado de câmbio, o euro é cotado a US$ 1,2360 de US$ 1,2384 no final da tarde de ontem.

Os contratos futuros de petróleo operam em baixa nesta manhã, mantendo as perdas observadas ontem, quando pesou negativamente a notícia sobre a intenção do Iraque em ampliar sua produção da commodity. Nesta manhã, o contrato futuro do produto tipo WTI para entrega em março recua 0,95%, sendo negociado a US$ 64,94/barril.

No âmbito doméstico, as notícias políticas permanecem como principais drivers para os mercados. As dificuldades em conseguir apoio para aprovar a reforma da Previdência em fevereiro leva o governo a começar a cogitar empurrar a votação para março. As pesquisas eleitorais começam a ganhar importância na formação das expectativas: hoje o instituto Ipsos divulga sua sondagem eleitoral, enquanto se aguarda pelo Datafolha amanhã. Na agenda econômica, a FGV divulga o IGP-M de janeiro, que deve mostrar inflação de 0,81% no mês e -0,36% em doze meses.