Hoje na Economia 30/01/2019

Hoje na Economia 30/01/2019

Edição 2184

30/01/2019

Prevalece postura cautelosa na abertura dos negócios nesta manhã de quarta-feira. Investidores se retraem enquanto aguardam por uma agenda econômica carregada, envolvendo a divulgação de diversos indicadores econômicos norte-americanos e reunião de política monetária do Fed (Fomc), em meio a expectativas sobre a retomada das conversações comerciais entre americanos e chineses.

Na Ásia, investidores preferiram não se arriscar. As principais bolsas da região fecharam sem direção única. Especial atenção está sendo dada ao encontro entre o vice-primeiro-ministro chinês, Liu He, com autoridades americanas no dia de hoje e amanhã, para tentar superar as desavenças comerciais entre os dois países. O índicebenchmark de ações MSCI Asia Pacific fechou com discreta queda (-0,02%), mas ficando no vermelho pelo terceiro pregão consecutivo. Na China, o índice Xangai Composto encerrou a sessão de hoje em baixa de 0,72%. Além da postura cautelosa dos investidores, pesaram também surpresas negativas com balanços de empresas chinesas. Em Tóquio, expectativas em relação a balanços ainda não divulgados, que podem decepcionar, empurrou o mercado para baixo, levando o Nikkei a encerrar o dia com queda de 0,52%. Em outras partes da Ásia, o sul-coreano Kospi foi destaque positivo, subindo 1,05% em Seul, graças ao bom desempenho de ações do setor de tecnologia. O Taiex ficou praticamente estável em Taiwan (+0,01%) e o Hang Seng avançou 0,40% em Hong Kong.

Na Europa, o índice pan-europeu de ações, STOXX600, opera sem direcional claro, registrando alta de 0,08%, no momento. Ontem em Londres, o Parlamento britânico reafirmou que não aceitará uma saída do Reino Unido da União Europeia (Brexit) sem um acordo entre as partes, trazendo certo alívio para empresários, principalmente do setor financeiro. No front econômico, uma boa notícia: o PIB da França cresceu 0,3% no 4º trimestre, superando as projeções do mercado que previam alta de 0,1%. Em Londres e Paris, as bolsas operam em alta firme, com o FTSE100 subindo 0,83%, enquanto o francês CAC40 avança 0,52%. Em contrapartida, o alemão DAX perde 0,16% em Frankfurt. O euro é cotado a US$ 1,1437, com ligeira alta ante o valor de US$ 1,1435 de ontem à tarde.

Pelo lado americano, ocorre a reunião do Fomc (17h de Brasília), que não deve mexer nas taxas de juros, que se encontram na faixa de 2,25% a 2,50%. As atenções estarão voltadas à entrevista coletiva, que o presidente do Fed, Jerome Powell, concederá após o encontro. Deve reforçar a postura cautelosa no ajuste monetário diante de sinais crescentes de desaceleração da economia mundial. Entre os indicadores econômicos que serão divulgados, destaque para a folha de pagamento do setor privado divulgada pela ADP, que deve mostrar criação líquida de 181 mil vagas em janeiro, desacelerando diante de 271 mil criadas em dezembro. Os futuros de ações operam com altas discretas no momento, apontando para uma abertura cautelosa. O índice futuro do Dow Jones sobe 0,15%; do S&P 500 avança 0,07%; Nasdaq tem alta de 0,58%. O juro do T-Bond de 10 anos encontra-se em 2,723%, subindo em relação a 2,710% do fim da tarde de ontem. O índice DXY registra variação de 0,01% no momento, captando a estabilidade do dólar diante das principais moedas fortes no dia de hoje.

Os contratos futuros de petróleo operam perto da estabilidade nesta manhã de quarta-feira, sem direcional definido, enquanto se aguarda por novos dados sobre os estoques americanos que devem ser divulgados pelo Departamento de Energia (DoE) dos EUA, hoje à tarde. No momento, o contrato futuro de petróleo tipo WTI é negociado a US$ 53,32/barril, com alta de 0,02%.

No front doméstico, a FGV divulga o IGP-M de janeiro, que deve mostrar estabilidade em janeiro (0,0%), acumulando alta de 6,73% nos últimos doze meses, segundo as projeções do mercado. Em termos de expectativas para abertura dos mercados, a Bovespa deve abrir cautelosa, à espera dos importantes eventos previstos para hoje. A curva de juros futuros poderá recuar, caso o IGP-M de janeiro surpreenda para baixo, dando força a especulações que o próximo movimento da Selic poderá ser para baixo.

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