Hoje na Economia 30/05/2014

Hoje na Economia 30/05/2014

Edição 1040

30/05/2014

Mercados abrem os negócios, nesta manhã, digerindo a contração do PIB americano em 1% no 1T14, divulgado ontem, levantando dúvidas sobre a consistência da recuperação, que parece não ter forças para impulsionar a expansão global;

Refletindo uma economia ainda debilitada, necessitando dos estímulos monetários, o yield pago pela Treasury de 10 anos situa-se em 2,46% ao ano, o mais baixo nível do último ano. O dólar permanece em baixa, com o dólar index recuando 0,10%, no momento. Os índices futuros do S&P e D&J operam com quedas discretas: -0,14% e -0,10%, respectivamente. Na agenda, atenção para os dados de renda pessoal (consenso +0,3% MoM) e gastos pessoais (consenso: +0,2% MoM), ambos de abril. Será divulgado também, o PMI Chicago, que deve ter recuado de 63,0 em abril para 61,0 com o dado de maio, segundo as projeções do mercado.

Na Europa, mercados de ações operam entre altos e baixos, sem direcional claro. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, registra queda de 0,14%, nesta manhã. Em Londres, o FTSE100 perde 0,21%, enquanto o CAC40 de Paris recua 0,69% e o DAX de Frankfurt encontra-se estável. O euro permanece flutuando em torno dos patamares atingidos nos últimos dias, com investidor à espera da reunião do Banco Central Europeu na próxima quinta-feira, que poderá decidir sobre flexibilização adicional da política monetária da região. Neste momento, o euro é negociado a US$ 1,3612, ante US$ 13604 de ontem à tarde.

Na Ásia, as preocupações com a solidez da recuperação americana colocou os investidores na defensiva. A maioria dos mercados de ações fechou em queda nesta sexta-feira. O índice MSCI Asia Pacific apurou perda de 0,2% no dia, mas garantiu valorização acumulada de 3,3% no mês. No Japão, a bolsa de Tókio fechou com perda de 0,34%, interrompendo uma série de seis pregões consecutivos de alta. A alta do iene frete ao dólar foi o motivo para acionar movimentos de realização de lucros, principalmente de papeis de exportadores. A valorização da moeda nipônica deu-se pela percepção de que o banco central japonês não deverá adotar medidas de estímulo monetário adicionais, uma vez que a inflação se aproxima da meta estabelecida pelo governo japonês. O dólar é negociado a 101,63 ienes no momento, contra 101,80 de ontem à tarde. Na China, a bolsa de Xangai fechou com pequena queda, enquanto Hong Kong apurou alta de 0,31%.

Petróleo tipo WTI é cotado a 103,31/barril, com queda de 0,26% nesta manhã, refletindo uma acomodação técnica após os ganhos dos últimos dias.

No mercado doméstico, dois eventos poderão ditar a tendência para o dia. O IBGE divulga o PIB do 1T14, que segundo as projeções dos analistas deve ter se expandido 0,2% ante o 4T13, mantendo o crescimento em 2,4% no ano terminado em março último (2,3% em 2013). O Banco Central divulga as contas públicas consolidadas de abril (consenso: superávit primário de R$ 17 bilhões no mês). Ambos os dados com potencial para mexer com os mercados em geral, principalmente, o de DIs futuros. A Bovespa deve seguir a tendência ditada pelos mercados americanos, mas não deixará de acusar os efeitos da agenda doméstica sobre o humor dos investidores.

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