Hoje na Economia 30/06/2017

Hoje na Economia 30/06/2017

Edição 1797

30/06/2017

Mercados de ações se recuperam das perdas de ontem, refletindo o rali dos papeis ligados a tecnologia e consumo, ao mesmo tempo em que as cotações do petróleo se mantém em alta.

Na Europa, bolsas voltam a operar em alta interrompendo o que seria a quarta semana consecutiva de perdas, devendo fechar o segundo trimestre próximo da estabilidade. Nesta manhã, o índice pan-europeu de ações, STOXX600, registra valorização de 0,31%, com os ganhos em tecnologia e consumo compensando as perdas com o setor químico. Em Londres, o índice FTSE100 registra discreta queda (-0,06%); em Paris, o CAC40 sobe 0,40%; em Frankfurt, o DAX avança 0,19%. O índice de preços ao consumidor da região do euro registrou inflação de 1,3% na comparação anual de junho (1,4% em maio), atingindo o menor nível do ano, reforçando o discurso do Banco Central Europeu de que a economia da região ainda não pode abrir mão dos estímulos monetários. Esse dado contribui para o enfraquecimento da moeda comum, nesta manhã. O euro troca de mãos a US$ 1,1398 de US$ 1,1496 no final da tarde de ontem em Nova York.

A percepção de lucros corporativos robustos nos próximos meses, reflexo da recuperação da economia, deve continuar alimentando a tendência de alta das bolsas norte-americanas. Ao mesmo tempo, o discurso mais hawkish dos bancos centrais sustenta a alta dos juros dos títulos de longo prazo. O yield da Treasury de 10 anos subiu de 2,24% ao ano ontem, para 2,267%, nesta manhã. O dólar encontra-se estabilizado frente às principais moedas, segundo o índice DXY, enquanto o futuro de ações do S&P 500 opera com alta de 0,10%, no momento.

Na Ásia, bolsas fecharam sem direcional único. Em Tóquio, o índice Nikkei encerrou o pregão de hoje com queda de 0,92%, pressionado pelo recuo das ações do setor de tecnologia, acompanhando a desvalorização desses papeis na véspera em Nova York. No mercado de câmbio, o dólar é negociado a 111,93 ienes, recuando frente a 112,03 ienes do final da tarde de ontem. Na China, o índice dos gerentes de compras (PMI) oficial da indústria avançou para 51,7 em junho de 51,2 em maio, ficando acima do consenso do mercado (51,1). Esse indicador reflete os impactos positivos dos avanços da demanda interna e externa sobre a produção industrial chinesa. No mercado de ações, o índice Composto de Xangai fechou o dia com ganho de 0,14%, enquanto em Hong Kong, o índice Hang Seng terminou com perda de 0,77%.

A notícia sobre a redução da produção semanal de petróleo nos EUA, reportado ontem pelo Departamento de Energia (DoE), sustenta a alta dos preços do petróleo, nesta manhã. O contrato futuro para entrega em agosto para o produto tipo WTI é cotado a US$ 45,32/barril, com alta de 0,87%, no momento.

Na agenda doméstica, o destaque será a divulgação, pelo Banco Central, do resultado fiscal primário do setor público consolidado referente ao mês de maio. O consenso do mercado aponta para um déficit primário de R$ 30,6 bilhões no período. O IBGE divulga a taxa de desemprego, segundo a pesquisa PNAD Contínua, que deve atingir 13,6%, conforme as projeções do mercado.

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