Hoje na Economia – 30/06/2021

Hoje na Economia – 30/06/2021

Os temores de que a rápida disseminação da variante delta do coronavírus pelo mundo coloque em risco a recuperação da economia mundial alimentam a aversão ao risco nesta quarta-feira. As bolsas europeias e futuros americanos operam no vermelho, enquanto o dólar e treasuries operam estáveis.

Na Ásia, as bolsas fecharam com sinais mistos, com alguns mercados buscando acompanhar Wall Street, que fechou com ligeira alta no pregão de ontem. Os novos dados sobre a atividade manufatureira na China e notícias sobre a disseminação da variante delta do coronavírus também pesaram sobre os mercados asiáticos. Na China, a NBS informou que o índice de gerentes de compras (PMI) industrial recuou marginalmente entre maio e junho, de 51 para 50,9, superando as expectativas dos analistas que previam recuo para 50,7. O dado reflete a acomodação da atividade industrial chinesa, após a superação do choque causado pela pandemia de covid-19. No mercado de ações, o índice Xangai Composto fechou com alta de 0,50%. Desempenho semelhante apresentaram o sul-coreano Kospi (+0,30%) e o Taiex (+0,89%) em Taiwan. Por outro lado, no Japão, o índice Nikkei fechou com baixa modesta de 0,07% em Tóquio. O índice regional de ações, MSCI Asia Pacific, terminou a sessão com queda moderada de 0,10%. No mercado de moedas, o iene é negociado a ¥ 110,52/US$, flutuando em torno desse patamar, sem dar sinais de definir uma tendência.

No mercado americano, o juro pago pelo T-Bond de 10 anos permanece estável em 1,47% ao ano, enquanto o índice DXY do dólar, que mede as variações da moeda americana diante de uma cesta de moedas, sobe 0,09% para 92,13 pontos. Os investidores esperam pela divulgação de dados sobre emprego no setor privado pela ADP, que segundo projeções dos analistas, deve mostrar a criação líquida de 600 mil vagas em junho (978 mil em maio). Destaque também para discursos de dois dirigentes do Fed: Raphael Bostic (Atlanta) às 9h e Thomas Barkin (Richmond) às 14h. Os índices futuros das bolsas de Nova York operam em queda: o futuro do Dow Jones recua 0,38%; S&P 500 cai 0,25%; Nasdaq tem queda de 0,15%, no momento.

Na Europa, o índice pan-europeu de ações, STOXX600 recua 1,07% nesta manhã. Esse desempenho reflete os temores de que a disseminação a cepa delta do coronavírus prejudique a temporada de turismo na região, derrubando as ações relacionadas ao setor. Demais bolsas europeias também registram quedas acentuadas: em Londres, o FTSE100 perde 0,89%; em Paris, o CAC40 cai 1,23%; em Frankfurt, o DAX registra queda de 1,24%. A inflação da zona do euro, medida pelo índice de preços ao consumidor (CPI), subiu 1,9% em junho diante de igual mês do ano passado, desacelerando em relação ao avanço anual 2% apurados em maio. O resultado veio em linha com o esperado pelos analistas. O euro é cotado a US$ 1,1893, desvalorizando 0,03%, nesta manhã.

Os contratos futuros de petróleo operam em alta, nesta manhã, dando sequência ao movimento de ontem, quando a American Petroleum Institute divulgou queda no volume de petróleo bruto estocado nos EUA, na semana passada. No momento, o contrato futuro do petróleo tipo WTI para agosto sobe 0,53%, negociado a US$ 73,38/barril.

Na agenda doméstica, o IBGE divulga a taxa de desemprego do trimestre encerrado em abril, apurada pela pesquisa PNAD Contínua, que segundo as projeções do mercado deve ficar em 14,7%, mesma taxa apurada no trimestre terminado em março. Os mercados devem abrir sob o peso das turbulências políticas internas e os sinais de agravamento da crise hídrica, que deve alimentar o atual processo inflacionário. A Bovespa deve cair, o real pode se depreciar e os juros futuros podem refletir a maior pressão inflacionária devido ao custo da energia.

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