Hoje na Economia – 30/06/2023
Economia Internacional
Na Europa, a divulgação preliminar da inflação ao consumidor de junho referente à Zona do Euro mostrou variação de 0,3% M/M, em linha com o esperado e superior ao dado anterior (0,0% M/M). Na comparação interanual, o dado de junho seria compatível com uma variação de 5,5% do headline e de 5,4% no núcleo, levemente abaixo do esperado (5,5%). A taxa de desemprego europeia manteve-se estável em 6,5% em maio. Na Alemanha, as vendas no varejo surpreenderam positivamente a expectativa mediana do mercado ao registrar avanço de 0,4% M/M em maio ante 0,0% M/M, reduzindo a contração interanual para -5,1%.
Na China, os Índices de Gerentes de Compras (PMI) da NBS referentes a junho, que foram divulgados nesta madrugada, seguiram mostrando perda de tração da atividade. O PMI de Manufatura permaneceu em campo negativo (49), ainda que tenha registrado ligeira aceleração em relação ao dado anterior, enquanto o PMI de Serviços veio abaixo do esperado (53,2 contra 53,5) e do dado de maio (54,5).
Nos EUA, a inflação medida pelo PCE variou 0,1% M/M em maio ante 0,4% M/M no mês anterior, em linha com o esperado pelos analistas e consistente com alta de 3,8% na comparação interanual. O núcleo do PCE também veio em linha com o esperado (0,3% M/M) e desacelerou ligeiramente no acumulado em 12 meses, de 4,7% para 4,6%. A leitura qualitativa do dado de maio teve composição positiva ao indicar desaceleração do núcleo de serviços. O restante da agenda de hoje ainda conta com a divulgação final da pesquisa de confiança do consumidor da Universidade de Michigan de junho e do PMI do Fed de Chicago.
Economia Nacional
No âmbito local, os Ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e do Planejamento, Simone Tebet, anunciaram em coletiva ontem que a decisão do Conselho Monetário Nacional (CMN) foi a manutenção da meta de inflação para o ano de 2026 em 3% e das bandas de tolerância em 1,5 p.p., conforme esperado pela SulAmérica Investimentos e pelo consenso de mercado. Também em linha com o antecipado, foi confirmada a mudança do sistema atual (ano calendário) para um sistema de meta contínua, que entrará em vigor em 2025. Ainda restam algumas indefinições quanto aos horizontes de convergência e de verificação, que devem ser detalhadas no decreto a ser publicado nas próximas semanas.
Os dados da PNAD Contínua referentes ao trimestre findado em maio, que foram divulgados nesta manhã, mostraram queda da taxa de desemprego de 8,5% para 8,3%, equivalente à expectativa mediana dos mercados. Na série sazonalmente ajustada, a taxa de desemprego recuou para 8,2%.
No front fiscal, O Resultado Primário do Governo Central Consolidado registrou déficit superior ao esperado pelos analistas (R$ -50,2 bilhões vs. R$ -45,5 bilhões), levando o superávit acumulado em 12 meses a R$ 39 bilhões. A dívida bruta em proporção do PIB subiu para 73,6%.