Hoje na Economia 30/07/2014

Hoje na Economia 30/07/2014

Edição 1081

30/07/2014

As atenções estarão voltadas para os Estados Unidos, onde a expectativa sobre a divulgação do PIB do 2º trimestre e o encerramento da reunião de mercado aberto do Fed (Fomc) devem movimentar as mercados. Segundo o consenso, a economia americana deve ter crescido 3,1% no 2T, contra queda de 2,9% no primeiro quarto do ano. Quanto ao Fomc, não se espera por mudanças significativas em relação às reuniões recentes, mantendo a taxa de juros inalterada e reduzindo em US$ 10 bilhões o QE3. O comunicado deve ressaltar os avanços no mercado de trabalho bem como um quadro mais equilibrado para a inflação, aproximando-se dos objetivos buscado pelo Fed. Isso alimentaria especulações sobre o momento em que a instituição iniciaria a normalização da política monetária americana. Sai também a pesquisa ADP, sobre emprego privado (consenso: 230 mil), antecipando a payroll de julho que sai na sexta-feira.

A expectativa em torno da intensa agenda econômica americana e a busca por proteção devido às crises na Ucrânia e Oriente Médio empurraram os yields pagos pelos títulos de dez anos, de 21 das 25 nações desenvolvidas acompanhadas pela Bloomberg, para os níveis mais baixos deste ano. No momento, o yield pago pelo T-Bond de 10 anos situa-se em 2,47%, enquanto a moeda americana sobe para o patamar mais elevado dos últimos quatro meses diante dos principais parceiros comerciais americanos. Os índices futuros das principais bolsas americanas operam em alta por conta de resultados corporativos que superaram as expectativas dos analistas. O S&P sobe 0,18%, enquanto o D&J registra +0,16%.

Na Europa, em meio à avaliação de balanços empresariais e precaução com o desenrolar das novas sanções impostas à Rússia pelos EUA e União Europeia, os investidores evitam ativos de maior risco. O índice de ações pan-europeu, STOXX600, opera com queda de 0,14%, no momento. Londres recua 0,05%, enquanto Paris e Frankfurt perdem 0,28% e 0,11%, respectivamente. O euro é negociado a US$ 1,3402, contra US$ 1,3410 de ontem à tarde.

Na Asia, bolsas operaram em alta, levando o índice MSCI a encerrar a sessão com valorização de 0,30%. Em Tókio, o índice Nikkei apurou ganho de 0,18%, impulsionado pelos bons resultados financeiros das empresas japonesas, além da satisfação com o bom desempenho da economia norte-americana. O dólar sustenta os avanços obtidos frente a moeda japonesa nos últimos dias, sendo cotado a 102,25 ienes nesta manhã, contra 102,10 de ontem a tarde

No mercado de petróleo, o produto tipo WTI é negociado a US$ 101,13/barril, recuando para o menor patamar das últimas duas semanas. Demais commodities operam no vermelho: metais -0,17%; agrícolas -0,43%; metais preciosos -0,05% e energéticas -0,06%.

No mercado doméstico, a Bovespa deve refletir os impactos dos indicadores americanos que serão conhecidos nesta manhã, acompanhando a tendência das bolsas americanas. No mercado de juros, a agenda contempla a divulgação do IGP-M de julho, que segundo o consenso deve apurar deflação de 0,50% (-0,74% em junho). Mas o mercado futuro deve atuar de olho no desempenho do dólar e das Treasuries a fim de definir uma direção para hoje.

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