Hoje na Economia 30/08/2017

Hoje na Economia 30/08/2017

Edição 1841

30/08/2017

Aversão ao risco perde força à medida que arrefecem as tensões geopolíticas na Península Coreana. Declarações dos governantes de ambos os lados parecem não indicar possibilidade de uma escalada do conflito no curto prazo.

A moeda japonesa, vista como porto seguro, perdeu valor frente ao dólar, favorecendo o mercado de ações japonês. O índice Nikkei da bolsa de Tóquio fechou com alta de 0,74%. O iene se desvalorizou durante o pregão, com o dólar passando de 108,58 ienes de ontem para 109,88 ienes no dia de hoje. A menor tensão com a Coreia do Norte também favoreceu as demais bolsas da Ásia, prevalecendo as perspectivas favoráveis tanto para a economia como para a rentabilidade das empresas. Além da bolsa japonesa, fecharam em alta: o índice Xangai Composto da China (+0,05%); o índice Kospi (+0,32%) de Seul e o Taiex (+0,69%) de Taiwan.

Os mercados de ações europeus acompanharam as bolsas asiáticas, deixando de lado as preocupações com a Coreia do Norte, também trabalhando no azul. O índice STOXX600 registra valorização de 0,45%, no momento. Em Londres, o FTSE100 avança 0,24%; em Paris o CAC40 sobe 0,33%; em Frankfurt o DAX tem valorização de 0,43%. O euro troca de mão a US$ 1,1951, recuando frente à cotação de US$ 1,1976 de ontem à tarde.

Com a redução da aversão ao risco, as treasuries devolveram parte da valorização de ontem. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos subiu para 2,131% ao ano de 2,126% de ontem à tarde. O dólar recuperou parte do terreno perdido frente às principais moedas à medida que arrefeceram os temores sobre o conflito com a Coreia do Norte. Os futuros das principais bolsas de ações americanas operam em alta nesta manhã: Dow Jones +12%; S&P 500 +0,07%; Nasdaq +0,18%. Agenda econômica americana volta a ganhar foco. Hoje será divulgada a folha de pagamento do setor privado de agosto, captada pela pesquisa ADP. Mercado estima criação líquida de 185 mil postos de trabalho pelo setor privado no mês, contra 178 mil em julho. Será divulgada também a reestimativa do PIB do 2º trimestre, que deve mostrar variação de 3,0%, contra 2,8% da primeira divulgação.

Os futuros de petróleo operaram em leve baixa durante a sessão da madrugada, digerindo os efeitos da tempestade tropical Harvey na indústria petrolífera dos EUA. Nesta manhã, o barril do petróleo tipo WTI para outubro caía 0,13%, para US$ 46,38.

No front doméstico há combustível de sobra para sustentar o bom humor dos investidores, ampliando o apetite a ativos de risco. O Congresso deve avançar na votação das reformas: votação da TLP na Câmara, em sessão marcada para as 9h; votação do projeto que muda as metas fiscais no Congresso à tarde; possível acordo para o REFIS, com adesão prorrogada para outubro. Risco a ser monitorado: possibilidade de o Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, apresentar nova denúncia contra o presidente Michel Temer.

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