Hoje na Economia – 30/08/2021

Hoje na Economia – 30/08/2021

Esta semana o foco dos investidores continuará sobre os Estados Unidos. Diversos indicadores de atividade (ISM; pesquisa ADP, confiança consumidor) e, principalmente, os dados sobre o mercado de trabalho ajudarão a refinar a avaliação sobre a atual dinâmica da principal economia do mundo. Em que pese os bons números sobre a evolução do emprego nos meses recentes, o presidente do Fed, Jerome Powell, não julga suficiente para começar a retirada dos estímulos monetários. No Simpósio de Jackson Hole, ele reiterou que o Fed ainda não cumpriu a meta em relação ao pleno emprego, enquanto a inflação segue sob efeito de fatores transitórios e a variante Delta do coronavírus ainda é fator de dúvida sobre o ritmo de retomada mundial.

Na Ásia, após registrar uma das melhores semanas dos últimos sete meses, as bolsas sustentaram a trajetória de alta, fechando com altas moderadas nesta segunda-feira. O índice regional MSCI Asia Pacific apurou ganho de 1,0%, no pregão de hoje. Para o investidor asiático, as palavras de Jerome Powell soaram como estímulos ao mercado acionário, ao sugerir que não tem pressa em elevar os juros americanos. Em Tóquio, o índice Nikkei subiu 0,54%, enquanto o Hang Seng avançou 0,52% em Hong Kong. O sul-coreano Kospi registrou valorização de 0,33% em Seul, ao passo que em Taiwan, o Taiex valorizou 1,08%. Na China, os investidores foram atrás de pechinchas no setor de tecnologia, afetados pela ofensiva regulatória de Pequim. O índice Xangai Composto fechou o dia com alta moderada de 0,17%. No mercado de moedas, o iene se mantém estável em ¥ 109,85/US$.

Na Europa, as bolsas abriram a semana operando no azul, sustentando os altos patamares alcançados nas últimas semanas. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, registra alta discreta de 0,12%, no momento. Em Londres, mercados fechados por conta de feriado. Em Paris, o CAC40 tem alta marginal de 0,11%; em Frankfurt, o DAX valoriza 0,24%. O euro é negociado a US$ 1,1801/US$, valorizando 0,05%; enquanto a libra é cotada a US$ 1,3760 perdendo 0,03%, no momento.

Nesta manhã, o yield do T-Bond de 10 anos recua 1 ponto base para 1,30% ao ano. O índice DXY do dólar não mostra tendência, nesta manhã, situando-se em 92,68 pontos (-0,01%). Os índices futuros das bolsas de Nova York operam em alta marginal nesta manhã, sugerindo que os mercados à vista vão dar continuidade aos ganhos do pregão de sexta-feira. O futuro do Dow Jones sobe 0,06% no momento; S&P 500 avança 0,07%; Nasdaq registra valorização de 0,14%.

O índice geral de commodity da Bloomberg opera em torno da estabilidade, nesta manhã. O petróleo recua, diante do enfraquecimento do furacão Ida, abrindo espaço para realização de lucros. O contrato futuro do petróleo tipo WTI para outubro é negociado a US$ 68,09/barril com queda de 0,96%.

No Brasil, os mercados devem operar cautelosos por conta das incertezas internas. Além das tensões políticas, os riscos fiscais preocupam os investidores. Amanhã, o governo deve enviar o Orçamento de 2022 para o Congresso, ainda sem uma solução para a questão dos precatórios. Nesta manhã, a FGV divulga o IGP-M de agosto, que deve mostrar alta de 0,78% no mês e 31,29% em doze meses, segundo o consenso do mercado. Estabilidade das commodities e aspectos domésticos devem limitar novos avanços do Ibovespa. A estabilidade do dólar no exterior ajuda a manter a cotação aqui em torno de R$ 5,20/US$, mas sob o risco de alta por conta da instabilidade interna. Os juros futuros devem permanecer pressionados por conta das preocupações inflacionárias e fiscais.

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