Hoje na Economia 30/10/2018

Hoje na Economia 30/10/2018

Edição 2128

30/10/2018

Em um dia em que se misturam possibilidades de um eventual acordo comercial entre EUA e China, sinalizado pelo presidente Donald Trump em entrevista a um canal de televisão, e uma enxurrada de balanços corporativos divulgados, mercados de ações operam em direções distintas, em meio a um clima de aversão ao risco.

Na Ásia, a maioria dos mercados de ações fechou em alta nesta terça-feira, ajudada por notícias vindas da China e pela sinalização dada pelo presidente americano sobre a possibilidade de se chegar a um acordo com a China no terreno comercial. Em Pequim, a Comissão Reguladora e Valores Mobiliários reiterou a intenção de ampliar a liquidez do mercado de capitais, incentivando a recompra de ações, fusões e aquisições de empresas de capital aberto. O principal índice chinês, o Xangai Composto subiu 1,02%. Em outras partes da Ásia, o índice Nikkei subiu 1,45% em Tóquio, impulsionado por papeis dos setores financeiros e eletrônicos. O dólar subiu para 112,78 ienes, de 112,28 ienes de ontem à tarde. O índice sul-coreano Kospi subiu 0,93% em Seul; em Taiwan, o Taiex registrou ganho marginal de 0,10%. A exceção foi o Hang Seng, que caiu 0,91% em Hong Kong. O índice regional de ações MSCI Asia Pacific fechou o dia com alta de 0,6%, a primeira em mais de uma semana.

Na Europa, os mercados abriram em alta, refletindo os balanços corporativos divulgados, com destaque para BP Plc e Volkswagen AG, mas não sustentaram a tendência, voltando a mergulhar no vermelho. O índice pan-europeu de ações opera com queda de 0,15% no momento. Em Paris e em Frankfurt, os principais índices de ações, CAC40 e DAX, recuam 0,33% e 0,36%, respectivamente. Em direção contrária, o FTSE100 da bolsa de Londres sobe 0,16%, nesta manhã. Foi divulgada a primeira estimativa do PIB do 3º trimestre da zona do euro, que cresceu 0,2%, vindo abaixo das projeções dos analistas (+0,5%). O euro é negociado a US$ 1,1356, com queda de 0,11%, operando na mínima do dia.

Os futuros dos principais índices de ações de Nova York operam em alta, refletindo as declarações do presidente Donald Trump sobre possível acordo comercial com a China. Os dois governos deverão discutir o assunto na reunião do G-20 na Argentina, prevista para o próximo mês. No momento, o Dow Jones futuro sobe 0,27%; o S&P 500 avança 0,33%; o Nasdaq tem ganho de 0,22%. O juro do T-Bond de 10 anos sobe para 3,115% ao ano (+0,98% no momento), contra 3,077% no final da tarde de ontem. O dólar opera em alta (+0,22%) diante das principais moedas fortes, segundo o índice DXY.

No âmbito doméstico, sinalizações do novo governo de que tentará algum avanço na reforma da Previdência ainda este ano, aceitando o aceno dado pelo presidente Temer, e a possível votação pelo Senado do projeto de lei da cessão onerosa podem impulsionar a Bovespa, no dia de hoje. Na agenda econômica, será divulgada a taxa de desemprego de setembro, pela pesquisa Pnad Contínua do IBGE, que deverá ficar em 11,9%. A FGV divulga o IGP-M de outubro, que deve mostrar inflação de 0,92% no mês e 10,84% em doze meses, segundo o consenso do mercado.

Topo