Hoje na Economia – 30/11/2021

Hoje na Economia – 30/11/2021

A aversão ao risco volta a tomar conta dos mercados, nesta terça-feira. As notícias sobre a cepa ômicron do covid-19 são desencontradas, deixando dúvidas quanto ao grau de periculosidade da nova variante, bem como sobre a eficácia das vacinas existentes. As bolsas europeias exibem fortes quedas como também os futuros das bolsas americanas. Os títulos americanos ganham com a procura de porto seguro pelos investidores. Petróleo cai abaixo de US$ 70/b.

Na Ásia, as bolsas começaram o pregão operando no azul, mas não resistiram às preocupações em relação à cepa ômicron. Principalmente sobre informações quanto à possível ineficácia das vacinas disponíveis para conter a infecção causada pela nova variante do vírus. Depois de uma abertura positiva, o índice regional MSCI Asia Pacific fechou o dia com queda de 0,50%. No Japão, o índice Nikkei apresentou o mesmo padrão do índice regional: abriu em alta, mas terminou contabilizando perda de 1,63%. O Japão confirmou o primeiro caso da ômicron no país, de um viajante vindo da Namíbia. Em Hong Kong, o índice Hang Seng registrou queda de 1,58%. O destaque de baixa ficou para os papéis de empresas aéreas, em meio a temores de que o novo vírus prejudique a já incerta retomada do turismo. Na China, o Xangai Composto apurou alta moderada de 0,03%. Foi divulgado pelo Escritório Nacional de Estatísticas (NBS), o índice de gerentes de compras (PMI) industrial do país que passou de 49,2 em outubro para 50,1 em novembro, sem indicação de retomada consistente da atividade fabril chinesa. Na Coreia do Sul, o Kospi registrou desvalorização de 2,42%, enquanto em Taiwan, o Taiex subiu 0,58%.

Na Europa, o índice pan-europeu de ações, STOXX600, registra queda de 1,39%, nesta manhã, praticamente eliminando os ganhos obtidos no pregão de ontem. Ações cíclicas estão entre as maiores perdas, em conjunto com as do setor de energia, em função das fortes quedas do petróleo. Em Londres, o FTSE100 recua 1,59%; o CAC40 cai 1,70% em Paris; em Frankfurt, o DAX perde 1,64%.

No mercado americano, a busca por segurança levou o yield da Treasury de 10 anos a cair abaixo do nível atingido na sexta-feira (1,53% ao ano), quando o surgimento da variante ômicron detonou temores quanto uma nova escalada da pandemia de covid-19. No momento, o juro pago pelo T-Bond de 10 anos encontra-se em 1,43% ao ano, recuando seis pontos base. O índice DXY do dólar opera em forte baixa nesta manhã, situando-se em 95,69 pontos, com queda de 0,67%. O euro acelerou a alta para US$ 1,1365/€, apreciando 0,67%; a Libra sobe 0,35%, cotada a US$ 1,3361/£; a moeda japonesa é negociada 112,87 ¥/US$, valorizando 0,60%. Os índices futuros das principais bolsas de Nova York registram fortes quedas, nesta manhã: o futuro do Dow Jones cai 1,39%; S&P 500 recua 1,07%; Nasdaq desvaloriza 0,62%. O destaque na agenda caberá ao testemunho do presidente do Fed, Jerome Powell, e da Secretária do Tesouro, Janet Yellen, frente à comissão de finanças do Senado americano.

Os contratos futuros de petróleo acompanham os demais ativos de risco nesta manhã, registrando fortes quedas, devido a temores de que o possível recrudescimento da pandemia, causada pela nova variante do coronavírus, derrube a demanda pela commodity. O contrato futuro do petróleo tipo WTI para janeiro é negociado a US$ 68,45/barril, com queda de 2,13% no momento.

Na agenda econômica doméstica, o IBGE divulga a pesquisa PNAD Contínua referente ao trimestre terminado em setembro, que deve mostrar recuo da taxa de desemprego para 12,7%, segundo o consenso do mercado. No âmbito político, atenções para a votação da PEC dos precatórios na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. A matéria deve ser aprovada, devendo ir ao plenário na próxima quinta-feira.

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