Hoje na Economia 31/01/2019

Hoje na Economia 31/01/2019

Edição 2185

31/01/2019

A sinalização dada pelo Fed, em sua reunião de política monetária de ontem, que poderá interromper o atual ciclo de alta dos juros, preocupado com as condições da economia mundial, estimula os ativos de maior risco, nesta manhã. Bolsas de ações, commodities em geral operam em alta. Dólar e yield das Treasuries recuam.

Na Ásia, boa parte dos mercados surfou a onda otimista decorrente da postura mais "dovish" do Fed. O índice de ações regional, MSCI Asia Pacific, fechou o dia com alta de 1,2%, podendo fechar janeiro com ganho acumulado de 6,7%. Na China, foi divulgado o índice de gerentes de compras (PMI) oficial do setor industrial que subiu de 49,4 em dezembro para 49,5 em janeiro. Analistas previam PMI de 49,2. O índice Xangai Composto subiu 0,35% na sessão de hoje. Em Tóquio, o Nikkei avançou 1,06%, impulsionado pelas ações de empresas de tecnologia. O dólar recuou para 108,73 ienes de 108,93 ienes de ontem à tarde. Em outras partes da Ásia, o Hang Seng teve alta de 1,08% em Hong Kong, enquanto o sul-coreano Kospi terminou o pregão com baixa marginal de 0,06% em Seul.

Na Europa, mercados operam no azul, estimulados pela sinalização do Fed de que será "paciente" em relação ao processo de normalização monetária, bem como pela divulgação de sólidos balanços corporativos. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, opera com alta de 0,44%, no momento. Em Londres, o FTSE100 avança 0,73%; em Paris, o CAC40 ganha 0,68%; em Frankfurt, o DAX tem valorização de 0,95%. O euro troca de mãos a US$ 1,1502, subindo em relação ao valor de US$ 1,1485 de ontem à tarde.

No mercado norte-americano, as bolsas de Nova York devem abrir em alta, conforme sinalizado pelos futuros dos principais índices de ações. O futuro do Dow Jones sobe 0,17%, no momento; do S&P 500 avança 0,28%; o Nasdaq ganha 0,59%. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos recuou para 2,671% ao ano de 2,689% no fim da tarde de ontem. Hoje termina a rodada de dois dias de conversações comerciais entre autoridades chinesas e americanas. Há esperança de que progressos sejam anunciados, levando ao encerramento dos atritos entre EUA e China em suas relações comerciais.

O índice Geral de Commodity Bloomberg registra elevação de 0,55%, nesta manhã. Os contratos futuros de petróleo operam em alta, não só pela divulgação de estoques americanos de petróleo menores do que o esperado, como também pelo enfraquecimento do dólar frente às principais moedas. O contrato futuro para o petróleo tipo WTI para março é negociado a US$ 54,33/barril, com valorização de 0,20%, no momento.

Os mercados brasileiros devem ser favorecidos pelo ambiente propício aos ativos de risco, decorrente da sinalização do Fed de conduzir com maior parcimônia o ajuste monetário americano. A Bovespa deve abrir em alta, acompanhando a sinalização positiva dada pelos futuros de ações americanos. O real pode ser favorecido pela fraqueza global do dólar, contribuindo para o recuo da curva de juros a termo. Por outro lado, notícias de que a reforma da Previdência ganha forma, podendo surpreender positivamente, devem alimentar o otimismo por aqui.

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