Hoje na Economia 31/03/2017

Hoje na Economia 31/03/2017

Edição 1736

31/03/2017

Mercados operam, nesta manhã, cautelosos. Prevalece certa aversão ao risco ligada às preocupações com possíveis medidas que possam ser adotadas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, principalmente em relação às moedas do Japão e da China. Esses temores se sobrepõem aos bons resultados apresentado pela economia americana, nos últimos dias.

O juro pago pelo T-Bond de 10 anos permanece flutuando em torno de 2,40% ao ano, ainda que indicadores econômicos divulgados mostrem que a economia ganha força. Esse quadro de aversão ao risco mantém a volatilidade da moeda americana elevada. O índice DXY subiu para 100,55 pontos, mostrando alta de 0,14%, nesta manhã. Os futuros dos principais índices de ações americanos apontam para uma abertura em queda. O índice futuro do S&P 500 recua 0,21%, no momento. Serão divulgados hoje, os dados sobre renda pessoal e gasto pessoal, ambos de fevereiro, que deverão mostrar alta de 0,4% e 0,2% MoM, respectivamente, segundo o consenso do mercado. A inflação medida pelo índice PCE deve se situar em 2,1% em fevereiro na comparação anual, enquanto o seu núcleo (Core PCE) registrará alta de 1,7%, nessa base de comparação.

O índice de ações pan-europeu, STOXX600, opera em queda de 0,28% no momento, sinalizando para um pregão em baixa após quatro dias de altas consecutivas. Em Londres, o FTSE100 perde 0,43%; bolsa de Paris recua 0,24%; em Frankfurt, o DAX opera com discreta queda (-0,05%). O euro recua levemente a US$ 1,0673, de US$ 1,0684 no fim da tarde de ontem. A inflação ao consumidor na zona do euro subiu 1,5% na comparação anual de março, ficando abaixo do mês anterior (2,0%), bem como das projeções do mercado (+1,8%).

Na Ásia, mercados fecharam em direção distinta. A bolsa de Tóquio fechou no menor nível em sete semanas, pesando as incertezas sobre medidas econômicas dos EUA e questões sobre a politica nos Japão. O índice Nikkei contabilizou perda de 0,81%, acumulando perda de 1,83%, na semana. O dólar é cotado a 111,99 ienes contra 111,76 ienes de ontem à tarde. Na China, foi divulgado o índice dos gerentes de compras (PMI) oficial, referente ao setor industrial, que atingiu 51,8 em março (51,6 em fevereiro), batendo as projeções do mercado e atingindo o maior nível desde abril de 2012. Esse resultado mostra os impactos positivos do crescimento global sobre o setor externo chinês. No mercado de ações, o índice Composto de Xangai fechou com ganho de 0,38%. Em Hong Kong, o índice Hang Seng encerrou o dia com queda de 0,78%.

No mercado de petróleo, o produto tipo WTI voltou a ser comercializado acima dos US$ 50,0/barril, com especulações sobre novas medidas a serem adotadas pela Opep para reduzir a oferta da commodity. Nesta manhã, o contrato futuro do WTI para entrega em maio é negociado a US$ 50,28/barril.

No mercado doméstico, a Bovespa deve seguir a tendência ditada pelas bolsas de NY, de olho nos indicadores americanos que serão divulgados nesta manhã. Na agenda econômica, o Banco Central divulga o indicador de atividade econômica (IBC-Br) de janeiro, que deve cair 0,20% no mês e -0,50% se comparado a igual mês do ano passado, segundo as projeções do mercado. Será divulgado também o resultado primário do setor público em fevereiro, que deverá mostrar déficit de R$ 21,2 bilhões, também segundo as estimativas do mercado. Por fim, o IBGE divulga a taxa de desemprego, que deve atingir 13,1% em fevereiro (12,6% em janeiro).

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