Hoje na Economia – 31/03/2023

Hoje na Economia – 31/03/2023

Economia Internacional

Nos EUA, o PIB do 4º trimestre foi ligeiramente revisto para baixo na 3ª revisão, que foi divulgada ontem, de 2,7% T/T anualizado para 2,6%. Os pedidos semanais de seguro-desemprego somaram 196 mil, abaixo da expectativa dos analistas, de 198 mil.

Na Zona do Euro, a divulgação preliminar da inflação ao consumidor referente a março mostrou alta de 0,9% M/M, abaixo do esperado pelo mercado (1,1% M/M) e consistente com alta acumulada de 6,9% A/A. O núcleo avançou 5,7% A/A, em linha com o esperado.

Na China, os índices de gerentes de compras (PMIs) de março surpreenderam positivamente as expectativas de mercado, corroborando o ganho de tração da atividade após a reabertura. O PMI de serviços ficou acima do esperado (58,2 ante 55) e acelerou em relação ao dado anterior. O PMI de Manufatura também permaneceu em campo de expansão (51,9).

Hoje, os destaques da agenda global são os dados de renda e gasto pessoal e a inflação medida pelo PCE referentes a fevereiro, nos EUA. Também será divulgada a leitura final da pesquisa de confiança do consumidor da Universidade de Michigan de março.

Economia Nacional

A produção industrial registrou queda de -0,3% M/M em janeiro deste ano, em linha com o esperado pela expectativa mediana do mercado e consistente com variação acumulada de 0,3% na comparação interanual. Contribuiu para o dado de janeiro o recuo de 0,8% M/M da Indústria de Transformação, ao passo que a Indústria Extrativa voltou a subir após 2 meses em queda. Em relação às categorias econômicas, destaques negativos foram bens de capital (-4,2% M/M) e os bens de consumo duráveis (1,3% M/M).

O Resultado Primário do Governo Central foi de – R$ 41,0 bilhões em fevereiro, déficit superior ao esperado pelo consenso de mercado (- R$ 36, 6 bilhões) e ao mesmo período do ano anterior (- R$ 21,5 bilhões).

Ontem, os mercados reagiram positivamente à apresentação do novo arcabouço fiscal, apresentado pelo Ministério da Fazenda, refletindo em fechamento de juros, ganhos em bolsa e apreciação da taxa de câmbio. Além de uma trajetória de bandas para o resultado primário e um piso para investimentos, o novo marco cria uma regra para as despesas, cujo crescimento real deve ser da ordem de 70% do crescimento real das receitas realizadas de junho a julho do ano anterior. As despesas, também, deverão ter um crescimento real mínimo de 0,6% e um limite máximo de crescimento real de 2,5%. Consideramos que a avaliação do novo arcabouço ainda depende em escala relevante da divulgação do texto final, que deve trazer maior detalhamento quanto à sua parametrização. De qualquer modo, nossa avaliação preliminar é que o arcabouço não altera o preocupante prognóstico da situação fiscal brasileira, que segue dependente de anúncios de medidas efetivas que levem à melhora da trajetória do resultado primário.

Hoje a agenda doméstica tem como destaque a divulgação dos dados da PNAD Contínua de fevereiro, que mostrou alta de 8,4% para 8,6% na taxa de desemprego, ligeiramente abaixo do esperado pela mediana das projeções de mercado (8,7%).

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