Hoje na Economia 31/05/2016

Hoje na Economia 31/05/2016

Edição 1527

31/05/2016

Mercados financeiros operam sem direção única hoje, com maior volume de negócios após fim do feriado nos EUA e no Reino Unido.

Na Ásia, as bolsas fecharam em alta, com o índice MSCI Ásia Pacífico subindo 0,7%. O índice Nikkei225 do Japão subiu 0,98%, com declarações de políticos de que o aumento de impostos sobre consumo será postergado por mais de 2 anos, enquanto a bolsa de Xangai subiu 3,34%, com especulações de que ela será incluída no índice MSCI global, o que levaria a uma maior entrada de recursos estrangeiros. O iene está basicamente estável em relação ao dólar hoje, valorizando 0,08%, cotado a ¥/US$ 111,03, após já ter se depreciado no dia anterior.

Na Europa, o índice de ações pan-europeu, STOXX600, opera em ligeira queda, de -0,31%. Há recuo de -0,16% no FTSE 100 de Londres, -0,34% no CAC40 de Paris e -0,34% no DAX de Frankfurt. As bolsas caem após resultados corporativos ruins, em especial de montadoras de carros. O euro está se valorizando ligeiramente em relação ao dólar, 0,15%, cotado a 1,1154. O mercado de moedas aguarda a decisão do Banco Central Europeu na quinta feira. Os dados econômicos vieram como esperados na Zona do Euro, com deflação de -0,1% A/A ao consumidor e desemprego estável em 10,2%.

Os preços de commodities estão em alta, com o índice geral da Bloomberg avançando 0,02%. Há alta nos preços de commodities agrícolas, em especial soja, com a quebra de safra na América do Sul, e no preço do petróleo, +0,2%, com o barril a US$ 49,42. Mas também há queda de preços de commodities metálicas hoje, em especial ferro.

Nos EUA, os juros futuros de 10 anos sobem 0,02 pp, com taxa de 1,87% a.a., ainda reagindo às declarações da presidente do FED, Yellen, de que um aumento na taxa de juros deve ser adequado nos próximos meses. As chances de alta subiram na sexta-feira e seguem em 30% para junho e mais de 50% para julho. Os índices futuros das bolsas americanas estão em queda, de -0,13% para o Dow Jones. O dólar está ganhando valor ligeiramente contra outras moedas, com o índice DXY subindo 0,11%. Hoje saem dados de renda e consumo, com destaque especial para o deflator do consumo, a medida preferida do Fed de inflação, que pode afetar os juros futuros americanos.

No Brasil, mais um ministro do governo Temer caiu após divulgação de gravações comprometedoras. O impacto político da queda de ministros parece ter sido pequeno até agora, com pouca influência sobre aprovação de medidas econômicas necessárias, como a DRU (desvinculação de recursos da União) ou a aprovação de Ilan Goldfajn como presidente do Banco Central. Portanto, o noticiário político, por enquanto, deve ter pouco impacto sobre os mercados financeiros. Hoje sairá o resultado primário do setor público, que deve ter menos impacto sobre os juros futuros que o resultado primário do governo central que saiu ontem, devido à surpresa de ontem já estar precificada. Os juros futuros devem ter ligeira queda hoje, ajudados pelo real, que deve se valorizar, com a alta de preços de commodities. A bolsa brasileira deve ter pouca oscilação hoje, com o mais provável sendo ligeira queda, devido ao humor dos mercados no exterior.

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