Hoje na Economia 31/08/2016

Hoje na Economia 31/08/2016

Edição 1593

31/08/2016

Diante de novos dados sobre o mercado de trabalho americano, previstos para hoje (relatório ADP) e para sexta-feira (payroll), investidores reforçam as apostas em pelo menos duas altas da taxa básica de juros (Fed Funds), neste ano.

O dólar recupera terreno ante as principais moedas, muito embora, neste momento, o índice DXY mostre ligeiras flutuações em torno do patamar de 96,018 pontos. O juro da Treasury de 10 anos, por sua vez, mantém em alta, atingindo 1,580% ao ano, com avanço de 0,87%, nesta manhã. O futuro do índice de ações S&P 500 opera estável. Será divulgado o relatório sobre a criação de vagas no setor privado em agosto, elaborado pela ADP. Segundo o consenso do mercado, foram criadas liquidamente 175 mil vagas, ficando próximo ao número de julho (179 mil).

Na Ásia, mercados fecharam majoritariamente em alta. O índice MSCI Asia Pacific encerrou o pregão desta quarta-feira com alta de 0,10%. Destaque para a bolsa de Tóquio, onde o Nikkei subiu 0,97%, liderada por ações de exportadoras e bancos. A crescente expectativa de novas altas de juros nos EUA levou o iene enfraquecer durante o dólar ao longo do pregão. A moeda americana é cotada a 103,18 ienes no momento, contra 103,0 ienes no início dos negócios no Japão. Na China, o índice Composto de Xangai teve valorização de 0,35%, enquanto o Hang Seng de Hong Kong apurou perda de 0,17%.

Na Europa, o índice pan-europeu de ações STOXX600 opera com valorização de 0,22%, no momento. Em Londres, o índice FTSE100 recua 0,14%; em Paris o CAC40 sobe 0,58%; em Frankfurt o DAX registra queda de 0,18%. O euro troca de mãos a US$ 1,1147, permanecendo em mesmo patamar de ontem à tarde (US$ 1,1145). A taxa de desemprego da zona do euro ficou em 10,1% em julho, vindo em linha com as expectativas do mercado e com o dado relativo ao mês anterior. A inflação ao consumidor registrou alta de 0,2% no acumulado em doze meses até agosto. Os analistas esperavam inflação de 0,3%, nessa base de comparação.

No mercado de petróleo, o produto tipo WTI para entrega em outubro é negociado a US$ 46,19/barril, com queda de 0,37%. O índice Geral de Commodity da Bloomberg registra queda de 0,28%, no momento.

O mercado brasileiro não deixará de ser contaminado pelas preocupações que dominam os mercados globais decorrentes da expectativa em torno dos dados sobre o mercado de trabalho americano, importantes para se posicionar em relação aos movimentos do Fed. A agenda doméstica também é robusta. No âmbito político, ocorre a votação do impeachment. Temer já prepara a posse, enquanto o mercado espera que o governo comece de fato. Tem a decisão do Copom, onde a atenção estará voltada mais ao comunicado do que ao resultado, que deverá manter a Selic em 14,25%. Será divulgado o PIB do 2º trimestre, com o consenso prevendo queda de 0,5% T/T e -4,9% A/A.

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