Hoje na Economia 31/10/2014

Hoje na Economia 31/10/2014

Edição 1148

31/10/2014

Economia americana emitindo sinais firmes de recuperação, dando sustentação ao crescimento mundial, e Banco do Japão aumentando o seu programa de estímulo monetário são os fatores que sustentam o maior apetite ao risco no dia de hoje, favorecendo os mercados de ações em detrimento do de bônus.

O Banco do Japão aumentou o seu programa de compra de ativos de 60 trilhões de ienes para 80 trilhões (US$ 723 bilhões), o que elevou o iene para além dos 111 ienes por dólar, pela primeira vez em seis anos. Um iene mais fraco e a elevação da liquidez proporcionada pelos estímulos monetários impulsionaram o mercado de ações, levando o índice Nikkei a fechar o dia com alta de 4,83%. O dólar é negociado a 111,47 ienes, contra 109,77 no final da tarde de ontem. Na China, os mercados também foram contaminados pelo bom desempenho da economia americana e pelas medidas de estímulos adotadas pelo Banco do Japão. A bolsa de Xangai fechou com alta de 1,22%, enquanto Hong Kong apurou ganho de 1,25%. O índice MSCI Asia Pacific encerrou a sessão de hoje com valorização de 1,4%.

Na Europa, o índice pan-europeu de ações opera com valorização de 1,22%, nesta manhã. Demais bolsas de ações também operam no azul: Londres registra ganho de 1,06%, Paris sobe 1,77% e Frankfurt avança 1,60%. O euro é negociado a US$ 1,2552 contra US$ 1,2612 no fim da tarde de ontem.

Os futuros das principais bolsas americanas também apontam para um dia de ganhos para o mercado acionário. Os futuros do S&P e D&J registram altas de 1,01% e 1,04%, respectivamente, no momento. Com o PIB do 3º trimestre superando as estimativas do mercado, fortaleceu a percepção de que os juros americanos devem voltar a subir na primeira metade do próximo ano, após o fim do QE3 neste mês. O yielddo T-Bond de 10 anos subiu para 2,32% ao ano, enquanto o dólar sustenta forte trajetória de alta frente às principais moedas (dólar index: +0,59%, nesta manhã). Na agenda, atenção para a divulgação dos gastos pessoais e renda pessoal, ambos de setembro, que devem apurar variações de +0,1% e +0,3%, segundo as projeções do mercado. A inflação medida pelo PCE deverá ficar 1,5% anuais.

No mercado de petróleo, o produto tipo WTI é negociado a US$ 80,61/barril, com queda de 0,63%, mantendo a tendência de queda decorrente de um mercado com excesso de oferta. Com o dólar em alta, commodities em geral operam em queda, com exceção de metais que sobem 0,79%.

A Bovespa deve seguir o bom humor ditado pelas bolsas internacionais, devendo registrar ganhos no pregão de hoje. Deve também surfar os boatos sobre possível aumento dos preços da gasolina a ser anunciado no dia de hoje. Na agenda doméstica, está prevista a divulgação do resultado das contas públicas de setembro. Deterioração adicional do esforço fiscal deverá manter o dólar pressionado, bem como elevar a remuneração dos contratos de DIs futuros de vencimento mais longo.

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