Hoje na Economia 31/10/2018

Hoje na Economia 31/10/2018

Edição 2129

31/10/2018

Mercados operam majoritariamente em alta nas diversas praças internacionais nesta quarta-feira, encerrando o que tem sido considerado, até agora, o pior mês para os mercados acionários globais em mais de seis anos. Nem a divulgação do PMI industrial, oficial, na China, que recuou de 50,8 em setembro para 50,2 em outubro, reforçando o cenário de desaceleração da economia mundial, estraga o humor dos investidores nesta manhã.

Na Ásia, mercados fecharam em alta, num movimento de forte recuperação, acompanhando a reação positiva das bolsas de Nova York ontem, superando parte das perdas das últimas semanas. O índice regional de ações MSCI Asia Pacific registrou ganho de 1,5%, a maior alta em uma semana, o que não impediu de contabilizar perda de 10% em outubro, o pior mês desde 2012. Destaque para China, onde o índice Xangai Composto teve valorização de 1,35%. Durante o dia, o banco central chinês promoveu elevação das taxas de juros de curto prazo, subindo para o maior nível dos últimos quatro anos, objetivando combater apostas contra o yuan, que recuou para o mais baixo nível contra o dólar, em dez anos. No Japão, o iene perdeu força após o Banco do Japão (BoJ) deixar inalterada sua política de estímulo monetária, bem como manter seu objetivo de assegurar a meta para o juros dos bônus de longo prazo do governo japonês (JGBs) em torno de zero. Em Tóquio, o índice Nikkei avançou 2,16%, no pregão de hoje, favorecido pelo enfraquecimento da moeda japonesa. O dólar é negociado a 113,12 ienes, subindo em relação à cotação de 113,0 ienes de ontem à tarde. Em Hong Kong, o índice Hang Seng teve ganho de 1,60%; o sul-coreano Kospi subiu 0,7% em Seul; o Taiex teve alta de 2,9% em Taiwan.

Na Europa, as bolsas acompanharam o movimento de alta observado na Ásia, estimulados também pelos bons resultados corporativos que foram divulgados hoje. O índice pan-europeu de ações STOXX600 opera com alta de 1,43%, nesta manhã. Em Londres, o FTSE100 sobe 1,47%; em Paris, o CAC40 avança 1,99%; em Frankfurt, o DAX tem alta de 1,22%. O euro troca de mãos a US$ 1,1333, recuando ante ao valor de US$ 1,1347 de ontem à tarde. Foi divulgada a inflação ao consumidor da zona do euro, que subiu 2,2% na comparação anual de outubro, ganhando força em relação ao aumento de 2,1% observado em setembro, mas vindo em linha com as previsões dos analistas.

Em Nova York, bolsas devem abrir em forte alta, conforme sinalizam os principais índices futuros de ações, como o Dow Jones que sobe 0,37%, no momento, seguido por alta de 0,48% para o futuro do S&P 500, enquanto o Nasdaq avança 0,91%. O juro pago pelo T-Note de 10 anos subiu de 3,116% do final da tarde de ontem para 3,145%, nesta manhã. O dólar registra ligeira valorização diante das principais moedas, mas mostra ganhos mais expressivos diante das moedas emergentes.

Os contratos futuros de petróleo operam em alta nesta manhã, na esteira de números divulgados pela American Petroleum Institute (API), que mostraram elevação nos estoques americanos de petróleo, mas diminuição expressiva nos estoques de gasolina. No momento, o contrato futuro do petróleo tipo WTI é negociado a US$ 66,44/barril, com alta de 0,39%.

No mercado interno, destaque para reunião do Copom, que deve manter a taxa Selic estável em 6,5%, conforme as apostas da esmagadora maioria dos analistas do mercado. No Senado, deverá ocorrer nova tentativa de votar hoje a urgência da cessão onerosa, que não foi apreciada ontem por falta de quórum.

Topo