Hoje na Economia _ 20/12/2019

Hoje na Economia _ 20/12/2019

Os preços de ativos têm tímida variação no dia até agora, com poucas notícias de impacto no mercado financeiro. Hoje saem dados importantes nos EUA e no Brasil, que podem afetar mais esses preços.

As bolsas asiáticas fecharam sem direção única, mas com queda nos principais países. O índice MSCI Asia Pacific caiu -0,1%, com queda de -0,20% no índice Nikkei225 do Japão e -0,40% na bolsa de Xangai. O iene está basicamente estável contra o dólar, desvalorizando-se -0,02%, cotado a ¥/US$ 109,39, enquanto o yuan se valoriza 0,03%, cotado a 7,0085. Não houve surpresa na inflação japonesa ao consumidor, que ficou em 0,5% A/A no índice cheio e 0,8% A/A no núcleo, como esperado. A decisão do Banco do Povo da China em relação aos juros de empréstimos de curto prazo foi ligeiramente acima do esperado (4,15% contra 4,10% de mediana de projeções da Bloomberg).

Na Europa, a maior parte das bolsas sobe, ficando próximas do recente máximo histórico. O índice pan-europeu STOXX600 sobe 0,53%. Há avanço de 0,10% no FTSE100 de Londres, 0,59% no CAC40 de Paris e 0,68% no DAX de Frankfurt. O euro está se desvalorizando contra o dólar, -0,24%, cotado a US$/€ 1,1095, enquanto a libra se valoriza 0,27%, cotada a US$/£ 1,3044. A depreciação do euro diante do dólar está relacionada ao diferencial de taxa de juros dos países, com a Treasury americana tendo avançado muito mais na semana do que os títulos alemães (+10 bps contra +4 bps no caso dos títulos de 10 anos, por exemplo).

No mercado americano, o índice futuro do S&P500 sobe ligeiramente, 0,04%, alcançando nova máxima. Os juros futuros estão subindo, com a Treasury de 10 anos a 1,94% a.a., contra 1,92% a.a. do fechamento de ontem. O dólar, por sua vez, está ganhando valor contra as principais moedas, com o índice DXY subindo 0,05%. Hoje sairão diversos dados. Em relação à atividade, os destaques serão a renda e consumo pessoal, além da revisão do PIB do 3º trimestre (expectativa de manutenção do crescimento anualizado de 2,1% T/T) e da revisão da confiança do consumidor da Universidade de Michigan. Em relação à inflação, a expectativa do mercado é de recuo no núcleo do deflator do consumo, de 1,5% A/A para 1,4% A/A.

Os preços das commodities globais operam majoritariamente em alta. Há avanço de 0,06% no índice de commodities da Bloomberg. O preço do petróleo cai -0,46%, cotado a US$ 60,90/barril.

No Brasil, hoje sairá o IPCA-15 de dezembro. A mediana das expectativas aponta para alta de 0,95% M/M, pressionado por aumento de preços de alimentos e loterias. Ontem a curva de juros futuros inteira subiu, com o linguajar um pouco mais hawkish do Banco Central na entrevista coletiva do RTI (dizendo que não há relação mecânica entre projeções de inflação abaixo da meta e corte de juros e ressaltando o balanço de riscos, que foi mais hawkish na última decisão do COPOM) e também devido ao dado do CAGED de novembro, que veio o dobro do esperado. A conta corrente de novembro também será divulgada hoje, com expectativa de diminuição do déficit, para US$ -3,8 bi. A consolidação de um cenário de maior crescimento na visão dos analistas deve seguir levando a aumento nos juros futuros e da bolsa. O real pode se valorizar com alguma melhora na margem nas contas externas, sendo beneficiado também pelo cenário de maior crescimento da atividade. O comportamento dos componentes menos voláteis do IPCA-15 (bens industriais, serviços e núcleos) deve determinar seu impacto nos juros futuros.

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