Índice econômico – IGP-M (Agosto/2022)

Índice econômico – IGP-M (Agosto/2022)

O IGP-M desacelerou em relação à alta de 0,21% M/M no mês anterior e variou -0,7% M/M em agosto, abaixo do esperado pela SulAmérica Investimentos (-0,50% M/M) e pela mediana de mercado (-0,54% M/M). No acumulado em 12 meses, a variação do índice chegou a 8,59%.

Na decomposição do dado, a taxa de variação do IPA desacelerou de 0,21% em julho para -0,71% em agosto (est. SAMI -0,45%), refletindo o arrefecimento nos preços de combustíveis, do minério de ferro e da soja, que compensaram a pressão altista do leite in natura e do leite industrializado. Em relação aos estágios de produção, houve deflação nos 3 componentes, o que é positivo em termos de menor contaminação inflacionária ao longo da cadeia. Na origem, os produtos agropecuários avançaram 0,49% M/M, enquanto os bens industriais tiveram deflação maior que a esperada (-1,18% contra -0,94%), a reboque do arrefecimento de industriais observado no âmbito global.

O IPC caiu 1,18% em agosto, depois da queda de 0,28% no dado anterior. As contribuições baixistas mais relevantes vieram das reduções em combustíveis e energia elétrica – que puxaram os grupos Transportes e Habitação para baixo – e da contração de 17,32% nos preços de passagens aéreas. Notícia positiva, também, foi a descompressão do preço do leite longa vida, que desacelerou de 21,83% para 9,27%, a despeito do nível ainda elevado.

O INCC teve alta de 0,33% – menor que a de 1,16% em julho – puxado pelo aumento de 0,54% no grupo Mão de Obra, em linha com a visão da SAMI de um mercado de trabalho robusto e aquecido neste ano, evidenciada pelos bons dados recentes do CAGED e da PNAD.

Para 2022, temos projetado IGP-M acumulado de 9,5%, com a ressalva de que os vetores globais devem impor viés de baixa para a projeção.

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