Índice econômico – IPCA-15 (abr/22)

Índice econômico – IPCA-15 (abr/22)

A inflação medida pelo IPCA-15 em abril foi de 1,73% M/M, abaixo da mediana de expectativas do mercado (1,85%), mas igual à projeção da SulAmérica Investimentos (1,73%). Essa foi a maior variação para um IPCA-15 desde fevereiro de 2003 (2,19%) e para um mês de abril desde 1995 (1,95%). Em 12 meses a taxa de variação subiu de 10,79% A/A para 12,03% A/A, o maior nível desde nov/03.

A alta em relação ao IPCA fechado de março, que já havia surpreendido para cima ao ficar em 1,62% M/M, ocorreu em especial no grupo Transportes, com a variação aumentando de 3,02% M/M para 3,43% M/M. Houve também aceleração em bens industriais, coo Artigos de residência (de 0,57% para 0,94%) e Vestuário (de 1,82% para 1,97%). Por outro lado, houve algum arrefecimento em Alimentação (de 2,42% M/M para 2,25% M/M), mas ainda é um grupo muito pressionado, em especial nos itens in natura.

Em relação às expectativas do mercado, a principal surpresa ocorreu em Saúde, com a variação de 0,47% M/M ficando bem abaixo da vista nos meses anteriores (1,30% no IPCA-15 e 0,88% M/M no IPCA), devido aos preços de perfumes, que tiveram queda de -6% M/M após alta de 12% M/M no último mês.

A inflação subjacente ficou um pouco mais baixa que nas últimas medições nesse IPCA-15 de abril. A média dos núcleos acompanhada pelo BC ficou em 0,87% M/M, abaixo do visto no IPCA de março (0,97%), mas ainda elevado para padrões históricos, e mais alto que o visto no IPCA-15 de março (0,83%). Os serviços subjacentes excluindo alimentação permaneceram em patamar muito alto também, 0,82% M/M no IPCA-15 de abril, contra 0,83% M/M no IPCA de março. Os bens industriais diminuíram na margem (0,85% M/M contra 1,20% M/M no IPCA de março), mas vieram acima do esperado e com poucos sinais de impacto da redução do IPI.

A estimativa da SulAmérica Investimentos para o IPCA de 2022 subiu, de 7,45% para 7,66%, com alta em especial no IPCA fechado de abril (0,93% M/M). Há uma maior pressão em especial em Alimentos e combustíveis nas expectativas. A projeção para 2023 subiu, mas em menor escala, de 3,5% para 3,6%.

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