Índice Econômico – IPCA-15 (dez/21)

Índice Econômico – IPCA-15 (dez/21)

A inflação medida pelo IPCA-15 ficou em 0,78% M/M, ligeiramente abaixo da expectativa da SulAmérica Investimentos (0,79%) e da projeção do mercado (0,81%). A inflação acumulada em 12 meses diminuiu de 10,73% A/A em novembro para 10,42% A/A em dezembro, deixando de subir entre um mês e outro pela primeira vez desde jun/20.

O número de dezembro desacelerou em relação ao visto nos três meses anteriores (1,17% em novembro, 1,20% em outubro e 1,14% em setembro) e em relação ao IPCA de novembro (0,95%). Em relação a novembro, houve variação menor em todos os grupos do IPCA, com os destaques de queda sendo Saúde e despesas pessoais (-0,73% contra 0,80%) e Transportes (2,31% contra 2,89%). A queda em Saúde foi concentrada em itens de Higiene pessoal (-3,34%), em especial Perfume (-9,82%), um item que já havia mostrado forte redução no IPCA de novembro, devido ao feriado da Black Friday.

As medidas de inflação subjacente diminuíram em relação ao IPCA-15 de novembro, mas ainda permanecem em patamar bastante elevado. A média dos 5 núcleos acompanhados pelo Banco Central passou de 0,87% M/M para 0,68% M/M entre os IPCA-15 de novembro e dezembro. Os bens industriais tiveram variação de 0,72% M/M contra 1,08% M/M em novembro, devido a essas quedas em itens de higiene pessoal. A inflação de serviços excluindo passagem aérea e alimentação fora do domicílio ficou em 0,50% M/M em dezembro, acelerando em relação ao mês anterior (0,40%).

O IPCA fechado do mês deve de dezembro deve ser de 0,59% M/M, com recuos ocorrendo ainda nos preços de Transportes (em especial combustíveis, com a queda de preços de gasolina feita pela Petrobras e recuos nos preços de etanol) e Alimentação e bebidas ao longo do mês. Os núcleos de inflação ainda devem seguir consideravelmente acima da meta (entre 0,6% e 0,7% M/M), mesmo que não nos patamares vistos nos três meses anteriores (0,8% a 0,9% M/M). A inflação em 2021 deve terminar o ano em 9,91% A/A, e deve ocorrer desaceleração para 5,0% A/A em 2022, mas a variação em 1 2 meses deve seguir próxima de 10% A/A até abril.

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