Índice econômico – IPCA-15 (mai/22)

Índice econômico – IPCA-15 (mai/22)

A inflação medida pelo IPCA-15 em maio novamente surpreendeu para cima, ficando em 0,59% M/M contra expectativa de 0,43% M/M da SulAmérica Investimentos e mediana de projeções do mercado de 0,45% M/M. A inflação em 12 meses no IPCA-15 de maio alcançou 12,20% A/A, subindo em relação tanto ao IPCA-15 de abril (12,03% A/A) quanto ao IPCA de abril (12,13% A/A) e adiando por mais um mês o pico da inflação em 12 meses.

Em maio houve queda forte no grupo Habitação (-3,85% M/M), como esperado, devido à mudança de bandeira tarifária de energia elétrica (de escassez hídrica para verde). Houve também forte alta no grupo Saúde e cuidados pessoais (2,19% M/M), também esperado, devido ao aumento de preços de perfumes e remédios. Os maiores desvios em relação ao número projetado pela SulAmérica Investimentos ocorreram nos grupos Transportes (7 pbs), Vestuário (4 pbs) e Despesas Pessoais (4 pbs).

Em relação às medidas de inflação subjacente, o dado do IPCA-15 foi ruim, com núcleos permanecendo em níveis elevados e, em muitos casos, até acelerando em relação aos meses anteriores. A média dos núcleos passou de 0,95% M/M no IPCA de abril para 1,10% M/M no IPCA-15 de maio. A inflação de serviços teve alta muito forte, com os serviços subjacentes passando de 0,79% M/M em abril para 0,96% M/M no IPCA-15 de maio. A inflação de bens industriais acelerou de 1,21% M/M em abril para 1,60% M/M em maio, com os bens duráveis repetindo a variação do mês anterior (0,69% M/M), mas ocorrendo altas em semiduráveis (1,57% M/M contra 1,16% M/M) e não duráveis exceto alimentação (2,91% M/M contra 1,99% M/M).

O IPCA-15, dessa forma, mostra não apenas uma inflação mais elevada que o esperado, mas mais persistente, com alta forte nos núcleos e nos serviços.

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