Índice econômico – IPCA (jan/22)

Índice econômico – IPCA (jan/22)

A inflação medida pelo IPCA em janeiro foi de 0,54% M/M, abaixo da mediana de projeções do mercado (0,55%) e acima da expectativa da SulAmérica Investimentos (0,49%). Essa foi a maior variação de preços para o IPCA de janeiro desde 2016 (quando havia sido 1,27% M/M) e bem superior ao número visto em janeiro de 2021 (0,25%). A variação em 12 meses voltou a subir, após ter passado de 10,74% A/A em novembro para 10,06% A/A em dezembro, indo para 10,38% A/A em janeiro.

A desaceleração em relação aos meses anteriores prosseguiu no IPCA de janeiro, com o número vindo abaixo do visto em dezembro (0,73%), novembro (0,95%) e setembro (1,25%). Em relação a dezembro, houve desaceleração em 4 dos 9 grupos, com destaque para Transportes (de 0,58% M/M para -0,11% M/M), habitação (de 0,74% M/M para 0,16% M/M), Saúde e cuidados pessoais (de 0,75% M/M para 0,36% M/M) e Vestuário (de 2,06% M/M para 1,07% M/M). O destaque de alta, por outro lado, ocorreu em Alimentação e bebidas (de 0,84% M/M para 1,11% M/m) e Comunicação (de 0,34% M/M para 1,05% M/M).

Em relação às categorias de uso, houve desaceleração nos bens industriais, mas pequena, passando de 1,41% M/M em dezembro para 1,22% M/M em janeiro. A inflação de serviços diminuiu também, de 0,79% M/M para 0,39% M/M, mas devido a itens muito voláteis, como passagem aérea e alimentação fora do domicílio. A inflação excluindo esses itens subiu, de 0,57% M/M para 0,81% M/M, e a de serviços subjacentes subiu, de 0,80% M/M para 0,94% M/M. Dessa forma, os núcleos de inflação também seguiram elevados, diminuindo marginalmente. A média dos 5 núcleos acompanhados pelo Banco Central passou de 0,90% M/M em dezembro para 0,87% M/M em janeiro.

A inflação ao consumidor em janeiro não surpreendeu tão negativamente como nos meses anteriores, porém os índices de inflação subjacente seguem elevados. A inflação deve seguir pressionada nos próximos meses, com o dado de fevereiro e março devendo ficar acima de 0,80% M/M, com reajuste de mensalidades escolares, combustíveis e cadeias de suprimento ainda com problemas. A inflação na margem deve diminuir nos meses seguintes, mas o IPCA deve fechar o ano acima do teto da meta, em 5,2% segundo a projeção da SulAmérica Investimentos.

Topo