Índice econômico – produção industrial (abr/21)

Índice econômico – produção industrial (abr/21)

A produção industrial brasileira teve aqueda e -1,25% M/M em abril, vindo abaixo da mediana de projeções do mercado (-0,1% M/M, segundo a Bloomberg). A variação em relação ao mesmo mês do ano passado foi bastante positiva, 34,7% A/A, devido à baixa base de comparação, com o auge do efeito da pandemia e do distanciamento social ocorrendo em abril de 2020 na atividade econômica. Em 12meses, a produção industrial passou a mostrar crescimento, passando de -3,1% em março para +1,1% em abril.

A queda da atividade industrial em abril foi menos intensa que em março (-2,2% M/M), mas já há contração acumulada de -4,4% nos últimos três meses. Em abril a queda foi menos disseminada que em março, com recuos em 2 das 4 categorias de uso (bens intermediários -0,8% M/M e bens de consumo semiduráveis e não duráveis -0,9% M/M). A produção de bens e capital e bens de consumo duráveis subiu em abril, recuperando-se parcialmente da queda vista em março devido ao relaxamento das medidas de distanciamento social, que permitiram as fábricas operar por mais tempo. Assim, a produção de bens de capital cresceu 2,9% M/M após ter caído -7,1% M/M em março, e a de bens de consumo duráveis 1,6% M/M após ter caído -7,5% M/M em março.

O nível da atividade das categorias de uso é majoritamente baixo em relação ao que foi visto na virada do ano, com quedas de mais de 10% nos bens de consumo duráveis e não duráveis e 3,3% nos bens de capital. A produção de bens intermediários caiu bem menos, 1,2% em relação a dezembro, com as empresas operando para tentar repor os estoques e priorizando esses bens.

A produção industrial em maio deve voltar a mostrar variação positiva. Os poucos dados coincidentes disponíveis indicam crescimento, mesmo que modesto, com o NUCI da indústria, por exemplo, tendo subido de 76,7% em abril para 77,8% em maio, recuperando-se parcialmente da queda (havia chegado a 79,9% em janeiro). A variação no 2º trimestre, no entanto, ainda deve ser negativa, com o carregamento estatístico sendo de -3,1% T/T. Essa queda na atividade industrial deve ser revertida no 2º semestre, quando o avanço da vacinação, a normalização do distanciamento social e da situação dos estoques de matérias primas e insumos devem permitir uma recuperação plena. A expectativa da SulAmérica Investimentos é de crescimento de 5,9% para a indústria em 2021, após queda de -4,5% em 2020.

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