Índice econômico – produção industrial (out/21)

Índice econômico – produção industrial (out/21)

A produção industrial brasileira  teve queda de -0,6% M/M em outubro, vindo abaixo da mediana de projeções do mercado (+0,8%) e da projeção da SulAmérica Investimentos (-0,3%).  Em relação ao mesmo mês do ano anterior houve queda de -7,8% A/A em 12 meses a variação diminuiu pelo segundo mês consecutivo, de 6,4% para 5,6%.

A variação mensal foi bem mais negativa na extração mineral (-8,6% M/M) do que na indústria de transformação (-0,1% M/m) no mês. Houve queda em 19 dos 26 ramos pesquisados, indicando que foi uma queda bem disseminada, mesmo que não tão intensa na indústria de transformação.

Houve recuo em 3 das 4 categorias de uso. Apenas a produção de bens industriais teve alta, de 2,0% M/M, ajudada em especial pela produção de bens de capital ligados a transporte (8,2% M/M). A produção de bens intermediários recuou pelo oitavo mês consecutivo, com queda de -0,9% M/M contra -0,2% M/M do mês anterior. A produção de bens de consumo também recuou, -1,9% M/M no caso dos duráveis e -1,2% no caso dos semiduráveis. A falta de insumos segue sendo um grande fator que explica o desempenho ruim da produção industrial, com queda mais aguda em bens de consumo duráveis (-22,9%) desde o início do ano, por exemplo, em comparação com a indústria em geral (-6,7%).

A surpresa negativa com a produção industrial não altera a projeção da SulAmérica Investimentos para o PIB do 4º trimestre, de alta de 0,3% T/T. Já era esperada uma queda nesse mês de outubro, mesmo que não dessa magnitude. O crescimento no PIB deve decorrer do avanço no setor de serviços, pelo menos no mês de outubro. Mas é importante ressaltar que mesmo com esse provável avanço na atividade, as perspectivas para crescimento são baixas. A projeção da SulAmérica Investimentos para PIB segue em 4,5% para 2021 e 0,3% para 2022.

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