Índice econômico – varejo (mai/21)

Índice econômico – varejo (mai/21)

As vendas no varejo restrito no Brasil tiveram alta de 1,4% M/M em maio, número abaixo da mediana de projeções do mercado (2,3%) e da expectativa da SulAmérica Investimentos (2,7%). A variação contra o mesmo mês do ano anterior ficou em 16% A/A em maio, abaixo da mediana de projeções do mercado (17,5%) e da expectativa da SulAmérica Investimentos (20%). Em 12 meses a variação seguiu subindo, tendo passado de 3,6% em abr/21 para 5,4% em mai/21.

Dados de meses anteriores foram revistos na série com ajuste sazonal, com os índices de dez/20, a fev/21 ficando até 1,4% maiores do que na última divulgação, mas mar/21 ficando 0,5% menor e abr/21 2,6% maior. Assim a variação de abr/21 foi revista de 1,8% M/M para 4,9% M/M, e o nível de vendas de mai/21 está 1,3% acima do projetado pela SulAmérica Investimentos, mesmo com a surpresa para baixo na variação de maio, dada a magnitude da revisão.

Houve alta quase generalizada nos grupos do varejo. Apenas a venda de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos teve queda na margem, de -1,4% M/M. Os outros grupos no varejo restrito tiveram alta, em muitos casos bem forte, como Combustíveis e lubrificantes (6,9% M/M), Tecidos, vestuário e calçados (16,8% M/M), Outros artigos de uso pessoal (6,7% M/M) e Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (3,3% M/M). As vendas de Hipermercados, supermercados, prod. alimentícios, bebidas e fumo tiveram alta mais modesta (1,0% M/M), assim como Móveis e eletrodomésticos (0,6% M/M).

O varejo ampliado, que inclui veículos e construção, teve alta de 3,8% M/M em maio, também com revisão no dado anterior (de 3,8% M/M para 5,4% M/M). A alta mais forte foi puxada pelo setor de Material de construção (5% M/M), enquanto Veículos, motos, partes e peças tiveram alta de apenas 1% M/M.

Quase todos os setores já se recuperaram da queda vista em março, devido à segunda onda da pandemia de Covid-19. As exceções são Móveis e eletrodomésticos (-2,7%), Artigos farmacêuticos (-1,8%) e Veículos (-2,5%). Em relação ao período pré-pandemia (antes de fevereiro de 2020) os grupos que estão com queda ainda são: Combustíveis e lubrificantes (-3,4%), Tecidos e vestuário (-3,1%), Livros, jornais, revistas e papelaria (-37,1%), Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-5,4%) e Veículos (-4,6%). O varejo restrito agregado está com alta de 3,2% em relação a fev/21 e 3,9% em relação a fev/20, enquanto o varejo ampliado está com alta de 1,6% em relação a fev/20, mas queda de -0,5% em relação a fev/21.

O avanço no controle da pandemia, com vacinação e redução no número de casos e mortes, deve ajudar o varejo a seguir subindo, com recuperação em setores atrasados. Por outro lado, a massa salarial ampliada pode ter queda na margem nos próximos meses, com o fim do adiantamento do 13º pagamento das aposentadorias. A expectativa da SulAmérica Investimentos para o varejo no ano de 2021 é de crescimento de 3,6%, contra 1,2% em 2020.

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