Índice econômico – vendas no varejo (abr/21)

Índice econômico – vendas no varejo (abr/21)

As vendas do comércio varejista no Brasil tiveram alta de 1,8% M/M em abril, acima do que era projetado pela SulAmérica Investimentos (-0,5% M/M) e da mediana de expectativas do mercado (-0,3% M/M). Em relação ao mesmo mês do ano passado, que foi o auge do efeito da pandemia no setor, houve alta de 23,7% A/A. A variação em 12 meses subiu de 0,7% em março para 3,6% em abril.

Após a queda quase generalizada em março, com o aumento do distanciamento social para combater a segunda onda de Covid-19, houve recuperação também quase generalizada em abril. Em março apenas as vendas de supermercados subiram (3,3% M/M), e em abril também foi esse grupo o único que teve queda (-1,5% M/M).

O nível geral das vendas no varejo restrito em abril supera o visto em fevereiro em 0,6%, após a queda de -1,1% M/M em março e a alta de 1,8% M/M em abril. Esse desempenho, no entanto, não é uniforme. Há setores com vendas abaixo do nível antes da segunda onda, como Vestuário (-4,5%), Móveis e eletrodomésticos (-1,8%), Equipamentos de informática e comunicação (-0,7%) e Livros, jornais, revistas e papelaria (-1,1%), e há setores que superam esse patamar, como Supermercados (1,7%), Outros artigos de uso pessoal (0,5%) e Artigos farmacêuticos (0,4%).

O varejo ampliado teve crescimento mais forte que o restrito, com variação de 3,8% M/M, após a queda de -5,0% M/M do mês anterior. Os itens que são somados ao varejo restrito para compor o varejo ampliado tiveram comportamento bem volátil nos últimos dois meses, com queda de -19,8% M/M em Veículos e -10,2% M/M em Material de construção em março sendo seguidas por altas de 20,3% M/M e 10,4% M/M, respectivamente, em abril. Nos dois casos a alta não foi suficiente para compensar a queda de março, com o nível de vendas 3,5% e 0,8% abaixo do visto em fevereiro. O varejo ampliado está 1,4% abaixo do visto em fevereiro desse ano.

Em relação ao nível de atividade visto antes da pandemia, as vendas no varejo restrito estão 1% acima e do varejo ampliado 0,3% acima. Novamente há bastante divergência entre os setores. Alguns ainda estão com nível de vendas abaixo do patamar pré-pandemia, com destaque para Livros, jornais, revistas e papelaria (-40,6%), Vestuário (-19,4%), Equipamento e material de comunicação (-8,7%) e Veículos (-5,4%). Outros estão com alta considerável, como Supermercados (2,2%), Artigos farmacêuticos (13,4%), Outros artigos de uso pessoal (5,8%) e Material de construção (19,9%).

O varejo deve seguir com variações positivas nos próximos meses, ajudado pela recuperação da renda das famílias, que ocorre tanto pelo auxílio emergencial quanto pela alta no emprego e redução dos efeitos da pandemia sobre a população. Em 2021 as vendas no varejo devem ter crescimento de 1,5% contra 1,2% visto em 2020.

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