Índices Econômicos – IPCA-15 (Julho/21)

Índices Econômicos – IPCA-15 (Julho/21)

A inflação medida pelo IPCA-15 em julho ficou em 0,72%, superando as projeções da SulAmérica (0,60%) e  do mercado (0,65%). A alta em junho representa uma desaceleração em relação a junho (0,83%), mas foi a maior variação para um mês de julho desde 2004, quando o índice foi de 0,93%. Em doze meses, a inflação subiu de 8,13% em junho para 8,59% com o dado de julho.

O aumento da inflação entre junho e julho ocorreu em especial nos grupos Habitação (de -1,67% M/M para 2,14% M/M), que foi influenciado pela alta de 52% no valor da bandeira vermelha 2, além do reajuste nas tarifas de energia elétrica em São Paulo e Curitiba. Outro destaque de alta foi o grupo Transportes (1,07% no mês) devido ao avanço nos preços das passagens aéreas (35,64% m/m), como também o aumento dos combustíveis, pelos reajustes concedidos pela Petrobrás. A inflação dos preços administrados subiram 0,90%m/m, enquanto os livres avançaram 0,66% m/m, enquanto os industriais registraram alta de 0,70% m/m.

As medidas de inflação subjacente permanecem pressionadas. A média dos 5 núcleos acompanhados pelo Banco Central passou de 0,53% m/m no dado fechado de junho para 0,60% m/m com o IPCA-15 de julho, o que equivale a uma inflação de 7,44% se medida em 12 meses. Ademais, o índice de difusão recuou de 64,4% em junho para 62,4%, porém ainda permanece acima de 60% pelo décimo mês consecutivo.

Em linha com o aumento do programa de vacinação e reabertura gradual da economia, a inflação de serviços segue subindo moderadamente. Em julho, os serviços subiram 2,85% em doze meses, que se compara a 2,16% a/a no dado de junho e 1,56% a/a em maio. A inflação de bens industriais subiu de 0,70% em junho para 0,72% em julho, enquanto os serviços subjacentes passaram de 0,54% m/m no IPCA-15 de junho para 0,44% m/m com o dado cheio de junho e agora está em 0,60% m/m no IPCA-15 de julho.

Para o IPCA fechado de julho estamos projetando inflação de 0,81% m/m, acumulando alta de 8,84% em doze meses. No mês, os preços administrados continuarão dando o tom da inflação, captando o aumento da energia elétrica com a revisão das bandeiras tarifárias, enquanto os preços dos bens industriais continuarão pressionados pela depreciação cambial e os serviços subindo, respondendo a maior dinâmica do setor. Segundo nossas projeções, o IPCA deve fechar 2021 com alta de 6,03%, recuando para 3,84% em 2022.

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