IPCA-15 Abril/15

IPCA-15 Abril/15

IPCA-15 Abril/15

A inflação medida pelo IPCA-15 em abril foi de 1,07% M/M, acima da mediana das expectativas do mercado (1,02%) e da projeção da SulAmérica Investimentos (1,05%). Em 12 meses a inflação passou de 7,90% A/A para 8,22% A/A.

Houve surpresa para cima na projeção de inflação no grupo Habitação,que foi compensada, em parte, por surpresas negativas em Vestuário, Transportes e Alimentação (que ainda assim está com variação bem elevada, 1,04% M/M).

O maior fator para a inflação ainda elevada no mês foram os preços administrados (2,14% M/M e 13,47% A/A), com destaque para o aumento de preços de energia elétrica, que ocorreram no começo de março e ainda impactaram o IPCA-15 de abril. Esse aumento de energia deve ter impacto bem menor no IPCA de abril, uma vez que já foi captado no IPCA de março.

Os preços livres tiveram variação de 0,74% M/M e 6,67% A/A, números bem próximos dos vistos no mês anterior (0,74% M/M e 6,85% A/A). A inflação de preços livres, apesar de ter diminuído levemente em relação ao mês anterior, ainda permanece elevada (está acima de 6,4% desde nov/12), com a inflação de serviços permanecendo acima de 8,0% e tendo acelerado tanto no cálculo que inclui passagem aérea quanto no que exclui.

A pequena queda da inflação de preços livres ocorreu mais nos preços comercializáveis do que nos não comercializáveis, indicando que a queda de preços de commodities e a fraca atividade (por enquanto) prevaleceram sobre a depreciação cambial em relação aos efeitos na inflação. Entretanto, altas nos preços ao produtores (vistas no IGP-M) podem indicar que a inflação de bens comercializáveis pode volar a subir mais nos próximos meses.

A expectativa da SulAmérica Investimentos em relação ao IPCA cheio de abril permanece sendo de 0,68% M/M. A queda em relação ao IPCA-15 deve decorrer, em especial, do recuo nas variações de energia elétrica.

Topo