IPCA-15 – Abril/17

IPCA-15 – Abril/17

IPCA-15 – Abril 2017

A inflação medida pelo IPCA-15 em abril ficou em 0,21% M/M, abaixo da mediana das projeções do mercado (0,27%) e da expectativa da SulAmérica Investimentos (0,21%). A inflação em 12 meses seguiu recuando, de 4,73% A/A para 4,41% A/A, o menor patamar desde jan/10. A inflação acumulada nos 4 primeiros meses do ano, de 1,22%, é bem menor que do mesmo período do ano passado (3,32%) e a menor da série histórica do IPCA-15 (que tem início em 1999).

Dentre os grupos do IPCA, houve variação negativa em Transportes (com quedas de combustíveis) e Artigos de residência e menor variação em Habitação, devido ao corte pontual de energia elétrica que ocorre no mês, e Educação, pelo fim da contabilização dos reajustes escolares anuais. A inflação subiu em relação ao mês anterior nos grupos Alimentação e bebidas (com aumento de preços nontradeables), Vestuário e Saúde, com aumento de preços de remédios.

Nas categorias de uso, a inflação de preços administrados ficou baixa (0,06% M/M e 5,10% A/A), devido à queda de preços de energia elétrica e de combustíveis. A inflação de preços livres também ficou baixa (0,26% M/M), porém não tanto quanto no mês anterior (0,04%), devido à alta de preços em alimentos. Ainda assim, a inflação em 12 meses de livres caiu para 4,20% A/A, menor patamar desde jan/10.

A inflação de serviços ficou em 0,44% M/M, com destaque para a alta de passagem aérea (mais de 15%). Em 12 meses a inflação de serviços subiu ligeiramente, de 6,04% A/A para 6,18% A/A, e mesmo excluindo passagem aérea e alimentação fora do domicílio ela subiu de 6,01% A/A para 6,20% A/A. A inflação de bens industriais seguiu negativa (-0,09% M/M em abril, mesmo número de setembro), e caindo em 12 meses, para 2,56% A/A.

A expectativa da SulAmérica Investimentos para o IPCA de abril foi reduzida de 0,25% para 0,21%. O IPCA, assim como o IPCA-15, deve começar a mostrar variações em 12 meses abaixo do centro da meta em abril (a expectativa agora é de 4,15% nesse mês), com a inflação A/A recuando até abaixo de 3,5% em agosto e subindo para 4,0% em dezembro.

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