IPCA-15 Agosto/14

IPCA-15 Agosto/14

IPCA-15 Agosto/14

A inflação medida pelo IPCA-15 de agosto foi de 0,14% M/M, vindo um pouco abaixo da mediana das projeções do mercado e da expectativa da SulAmérica Investimentos (0,15% M/M). A variação em 12 meses do IPCA-15 permaneceu em torno do teto da meta, ficando em 6,49% A/A em agosto (contra 6,51% A/A em julho).

O IPCA-15 de agosto foi um pouco abaixo do IPCA-15 de julho (0,17%), mas acima do IPCA de julho (0,01%). O efeito da Copa do Mundo sobre certos preços (hotéis, restaurantes, passagem aérea) parece ter revertido em sua maior parte no IPCA-15 de agosto, voltando aos patamares que prevaleciam antes do grande evento. Esses preços haviam ficado mais elevados em junho-julho, com a reversão ocorrendo em julho-agosto.

Em agosto a inflação de preços livres foi muito baixa (0,01%). Para isso contribuiu a inflação negativa de alimentos e a inflação muito baixa de serviços, com a compensação da alta vista no mês anterior em certos serviços ligados à Copa do Mundo. A inflação de serviços em 12 meses ainda está elevada (8,5%A/A), porém diminuiu em relação aos níveis vistos no começo do ano (9,0%).

A inflação de preços livres em 12 meses ficou em 6,97% em agosto, desacelerando um pouco em relação aos 7,20% vistos em julho. A inflação de bens e serviços não comercializáveis está desacelerando nos últimos meses, em especial devido aos alimentos não comercializáveis. Dessa forma, a inflação em 12 meses desse setor (7,0%) finalmente ficou no mesmo patamar da inflação de bens comercializáveis, que estava subindo nos últimos meses e chegou a 7,0% A/A em agosto. O aumento da inflação de comercializáveis está relacionado à depreciação cambial que ocorreu nos últimos anos.

A inflação de bens e serviços administrados foi bastante elevada em agosto (0,59%), e sua alta na comparação em 12 meses deve prosseguir nos próximos meses, com os preços de energia elétrica em especial sendo fonte de pressão. A variação em 12 meses dos preços administrados deve passar dos 4,9% atuais para 6,0% no final do ano.

A inflação ao consumidor deve começar a mostrar variações mais elevadas a partir do dado fechado de agosto, uma vez que a sazonalidade de diversos itens que contribuíram para o IPCA mais baixo nos últimos meses deve deixar de ser tão favorável (Vestuário, Alimentação). Ainda assim, a inflação não deve subir tanto quanto era esperado alguns meses atrás, devido à fraqueza da atividade, fazendo com que o IPCA em 12 meses permaneça em torno de 6,5% A/A até novembro, devendo cair para 6,2%-6,3% em dezembro. Para o IPCA fechado de agosto a projeção da SulAmérica Investimentos segue sendo de 0,27% M/M.

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