IPCA-15 de Setembro de 2014

IPCA-15 de Setembro de 2014

O IPCA-15 de setembro mostrou inflação de 0,39%, acima da mediana das projeções do mercado (0,35%) e da projeção da SulAmérica Investimentos (0,33%). O IPCA-15 acumulado nos últimos 12 meses ficou em 6,62%, novamente ultrapassando o teto da meta de inflação (6,50%, no mês anterior o IPCA-15 em 12 meses estava em 6,49%). A expectativa da SulAmérica Investimentos é de que o IPCA e o IPCA-15 devem ficar em torno do teto da meta de inflação até, pelo menos, o mês de novembro.

A surpresa em relação à projeção se concentrou nos grupos Alimentação e Comunicação, que vieram acima do esperado. O aumento em relação ao dado do mês anterior (0,14%), por sua vez, ocorreu na maior parte dos grupos (a exceção foi Habitação), com destaque para Alimentação e bebidas, Despesas Pessoais, Comunicação e Transportes.Os preços de carnes, empregado doméstico e passagem aérea tiveram bastante impacto no IPCA-15. Os preços de hotéis, que tiveram deflação forte em agosto, após a copa do mundo, ficaram estáveis em setembro.

A inflação de serviços seguiu pressionada em setembro, com variação de 8,60% A/A no cálculo do Banco Central e 8,41% A/A no cálculo que exclui passagem aérea e alimentação fora do domicílio. O desaquecimento do mercado de trabalho ainda não parece ter afetado todos os preços de serviços, devido à ainda baixa taxa de desemprego.

A inflação de preços administrados segue subindo em 12 meses, estando agora em 5,1%. Ela deve seguir subindo até os 6,1% projetados pela SulAmérica Investimentos, com o maior impacto vindo de tarifas de energia elétrica. A inflação de preços livres segue elevada, tendo ficado em torno de 7,0% A/A nos últimos 6 meses.

Para o IPCA fechado de setembro, a projeção da SulAmérica Investimentos foi elevada de 0,41% para 0,47%, devido ao aumento maior que o esperado em passagem aérea e alimentação. A inflação deve seguir subindo nos meses finais do ano, devido à sazonalidade dos preços, com o IPCA em 12 meses seguindo em torno de 6,5%.