IPCA-15 Fevereiro 2015

IPCA-15 Fevereiro 2015

IPCA-15 Fevereiro/2015

A inflação medida pelo IPCA-15 ficou em 1,33% M/M em fevereiro, vindo acima da mediana das projeções do mercado (1,30%) e da expectativa da SulAmérica Investimentos (1,29%). A inflação acumulada em 12 meses subiu de 6,69% em janeiro para 7,36% em fevereiro, ficando ainda mais acima do teto da meta (6,50%).

O aumento na inflação entre janeiro e fevereiro ocorreu em especial nos grupos Habitação, Transportes, Artigos de residência e Educação. No caso dos dois primeiros, o que se destacou foram os reajustes de preços administrados (eletricidade e combustíveis). No caso do último grupo, a sazonalidade (reajustes concentrados em fevereiro, na metodologia do IPCA) foi a razão desse aumento.

Dentre as categorias de uso, o destaque seguiu sendo a de administrados (2,76% M/M em fevereiro, contra 1,00% M/M em janeiro). O aumento de combustíveis e de energia elétrica foi responsável por boa parte desse aumento, que fez a inflação em 12 meses dos preços administrados subir para 8,57% A/A.

Os preços livres, por sua vez, ainda seguem com variação bastante elevada (0,91% M/M em fevereiro, contra 0,86% M/M). A inflação de preços livres em 12 meses passou de 6,90% em janeiro para 7,00% em fevereiro. É possível dizer que o último movimento consistente de queda na inflação de preços livres ocorreu em 2013, quando passou de 8,30% em jun/13 para em torno de 7,00% no começo de 2014. Desde então ela tem rondado esse patamar. A dificuldade para diminuir a inflação de preços livres decorre em especial na inflação de serviços, que segue bastante elevada, devido à baixa taxa de desemprego e reajustes salariais acima da produtividade.

A expectativa da SulAmérica Investimentos para o IPCA de fevereiro segue sendo de variação de 1,05%. A queda em relação ao IPCA-15 deve ocorrer em especial no grupo Habitação, que deve deixar de levar em conta o primeiro aumento na bandeira tarifária de energia elétrica. Mas o IPCA deve seguir elevado em março, quando o aumento adicional nas bandeiras tarifárias, devido ao fim dos repasses do Tesouro às distribuidoras de energia elétrica, deve fazer a inflação seguir acima de 1,0% M/M.

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