IPCA-15 – Maio/17

IPCA-15 – Maio/17

IPCA-15 – Maio/17

A inflação medida pelo IPCA-15 em maio ficou em 0,24% M/M, acima da mediana das projeções do mercado (0,20% segundo a Bloomberg) e da expectativa da SulAmérica Investimentos (0,22%). A inflação medida em 12 meses seguiu diminuindo, passando de 4,41% A/A em abril para 3,77% A/A em maio, menor nível desde jul/07.

O aumento na inflação entre abril (0,21) e maio (0,24) decorreu em especial da alta de preços de alimentos (0,03 pp a mais de contribuição), de Artigos de residência e de Vestuário, devido à sazonalidade. Houve também alta nos preços de remédios, devido ao reajuste autorizado de até 4,76% em abril, que impactou o IPCA-15 mais em maio. Por outro lado, houve queda em especial no grupo Habitação, devido à redução dos preços de energia elétrica, que também ocorreu em abril mas impactou o o IPCA-15 de maio. O preço da passagem aérea também veio abaixo do esperado pela SulAmérica Investimentos, com queda de -11,4% M/M.

Nas categorias de uso, houve uma inflação um pouco mais alta nos bens industriais (+0,08% M/M contra -0,09% M/M do mês anterior) e de alimentos no domicílio (0,42% M/M contra 0,36% M/M). Mesmo assim, a inflação em 12 meses desses dois grupos seguiu caindo, de 2,42% A/A para 1,74% A/A no caso dos alimentos e de 2,56% A/A para 2,06% A/A no caso dos bens industriais. A inflação de serviços também seguiu em trajetória de queda, de 6,18% A/A para 5,85% A/A, devido à queda das passagens aéreas e ao efeito da alta taxa de desemprego. A inflação de preços administrados caiu de 5,10% A/A em abril para 3,89% A/A em maio, devido à queda pontual do preço da energia elétrica e à redução dos preços dos combustíveis no mês.

O IPCA do mês de maio deve subir 0,50% M/M. O preço de energia elétrica deve devolver boa parte da queda do mês anterior. Os preços de bens industriais também devem subir um pouco na margem, devido à sazonalidade do grupo Vestuário, porém mesmo com essa alta na margem o IPCA deve seguir em queda na comparação em 12 meses, para em torno de 3,80% A/A em maio e devendo fechar o ano em torno de 3,90%.

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