IPCA-15 – Maio/18

IPCA-15 – Maio/18

IPCA-15 – Maio 2018

O IPCA-15 de maio registrou inflação de 0,14%, vindo abaixo da mediana das projeções do mercado (0,26%) e da projeção da Sul América Investimentos (0,22%). Trata-se do mais baixo resultado para o mês de maio desde o ano 2000. O IPCA-15 acumula alta de 1,23% no ano e 2,70% em doze meses, permanecendo abaixo do piso da meta nos últimos onze meses.

Alimentação fora de casa (-0,28%); TV, som e informática (-1,47%), etanol (-5,17%) e passagens aéreas (-14,94%) foram os destaques de baixa no mês. A inflação no mês seria mais baixa não fossem as altas decorrentes do aumento dos itens gasolina (+0,81%) e da energia elétrica (2,18%), esse último por conta da adoção de bandeira amarela em maio.

Os três principais núcleos do IPCA-15, acompanhado pelo Banco Central (IPCA-EX; IPCA-DP e Médias Aparadas), mostram que a inflação deve se manter próxima do piso da meta, nos próximos meses. A média desses núcleos acumula alta de 2,94%, nos últimos doze meses terminados em maio. Pela primeira vez na série histórica do IPCA-15, o item de serviços mostrou deflação, recuando 0,19% em maio. Em doze meses, os preços dos serviços permaneceram em queda, recuando para 3,3% em maio de 3,8% de abril.

As baixas taxas de inflação observadas nos últimos meses, em que pese a alta persistente de alguns preços administrados, refletem a fraqueza da economia, marcada ainda por elevada ociosidade, tanto na produção como no mercado de trabalho.

Por ora, mantemos nossa projeção de 0,24% para o IPCA fechado de maio, como também para o final do ano (3,40%), acreditando que a alta ociosidade na economia e expectativas ancoradas devam atenuar o impacto da depreciação cambial recente sobre os preços domésticos. O comportamento da inflação corrente, vindo abaixo das expectativas do mercado, além de se manter perto do piso da meta, reforça nosso cenário, que prevê a manutenção da Selic em 6,50% ao longo de 2018.

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