IPCA-15 – Novembro/14

IPCA-15 – Novembro/14

IPCA-15 – Novembro/14

A inflação medida pelo IPCA-15 em novembro foi de 0,38% M/M, vindo abaixo da mediana das expectativas do mercado (0,48%) e da projeção da SulAmérica Investimentos (0,52%). A inflação de novembro diminuiu em relação à do mês passado (0,48%) e a inflação acumulada em 12 meses também caiu, passando de 6,62% para 6,42%.

A desaceleração de 0,10 pp em relação ao mês anterior se concentrou em Alimentação, Habitação, Vestuário, Transportes e Comunicação. Desses grupos, a surpresa aconteceu em especial na variação de Vestuário, Habitação e Transportes. A inflação de Vestuário diminuiu consideravelmente (de 0,70% para 0,42%), sendo que a sazonalidade usual indiciaria aumento entre outubro e novembro. Essa queda deve-se à demanda fraca desse segmento no varejo, devido ao menor crescimento econômico. As surpresas em Transportes se concentraram em passagem aérea e no menor aumento de álcool combustível enquanto a surpresa de Habitação se concentrou em menor reajuste de condomínio e taxa de esgoto.

Os núcleos de inflação diminuíram consideravelmente em novembro, ficando em média em 0,34% M/M, contra 0,44% M/M no mês anterior. A variação em 12 meses também ficou menor, passando de 6,51% A/A em média para 6,31% A/A. O índice de difusão, que mede quantos itens subiram de preços no mês, ficou menor, em 60,0% em novembro, contra 64,9% em outubro.

A inflação de preços administrados seguiu subindo em 12 meses (de 5,48% para 5,57%), porém dessa vez ela foi compensada pela queda nos preços livres (de 6,96% para 6,67%), que ocorreu mais nos preços tradeables (de 6,44% para 5,94%) do que nos preços nontradeables (de 7,42% para 7,32%). O fato de a queda de inflação estar concentrada nos preços tradeables pode indicar que ela não será prolongada, uma vez que há uma pressão crescente de alta nesses preços devido à desvalorização do real diante de outras moedas. A inflação de alimentos, por exemplo, ficou menor, refletindo as quedas nos preços ao produtor na agropecuária nos últimos meses, porém os dados mais recentes de preços ao produtor já mostram aumentos consideráveis causados pelo câmbio.

A projeção da SulAmérica Investimentos para o IPCA fechado do mês de novembro diminuiu de 0,62% para 0,51%. Ele ainda deve subir em relação ao IPCA-15 devido aos efeitos do reajuste da gasolina, energia elétrica e aumento dos preços dos alimentos na ponta. Com isso, a expectativa para o IPCA de 2014 diminuiu para 6,3%.

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