IPCA-15 – Novembro/16

IPCA-15 – Novembro/16

IPCA-15 – Novembro/16

A inflação medida pelo IPCA-15 de novembro ficou em 0,26% M/M, abaixo da mediana das projeções do mercado (0,28%) e da expectativa da SulAmérica Investimentos (0,33%). A inflação em 12 meses seguiu recuando (tendo passado de 8,27% A/A para 7,64% A/A) e a inflação acumulada no ano ficou em 6,38%.

O IPCA-15 de novembro ficou maior que o de outubro (0,19% M/M), com variações mais positivas em Artigos de residência, Saúde e Despesas Pessoais e menos negativa em Alimentação e bebidas (de -0,25% para -0,06%).

Em relação à projeção da SulAmérica Investimentos, as surpresas se concentraram nos grupos Transportes e Vestuário, com contribuição para o IPCA-15 total 0,04 e 0,03 pp abaixo do esperado, respectivamente. A variação menor em Transportes foi resultado da queda de preços de passagens aéreas (-2,69%), quando era esperada alta de 4,0% nesse item. A variação menor de Vestuário (-0,03% em novembro) foi generalizada, ocorrendo em todos os subitens, e sendo surpreendente (foi a menor variação para esse grupo num mês de novembro na série histórica, sendo que o usual de acordo com a sazonalidade seria uma aceleração em relação ao mês anterior).

Entre as categorias de uso houve queda em quase todas as categorias de uso na comparação em 12 meses. A contração foi mais forte nos preços de Alimentos (de 15,39% para 13,40%), mas também houve recuos nos preços administrados (de 7,68% para 6,70%) e de produtos industriais (de 5,91% para 5,56%). A inflação de serviços ficou constante em 7,07% A/A, enquanto a inflação de serviços subjacentes seguiu caindo (de 6,9% para 6,87%), mas a taxa de queda está desacelerando a cada mês. A inflação mensal de serviços subjacentes seguiu subindo, tendo passado de 0,42% em agosto para 0,44% em setembro, 0,46% em outubro e agora 0,49% em novembro.

O IPCA-15 de novembro veio abaixo do esperado, fazendo com que a projeção da SulAmérica Investimentos para o IPCA de novembro diminuísse para 0,32% M/M e para o IPCA do ano para 6,65%. Entretanto, isso não deve ser o suficiente para o COPOM mudar a trajetória de queda de juros no curto prazo. O mais provável segue sendo um corte de 25 pb na reunião no final de novembro, devido à maior volatilidade dos mercados financeiros internacionais pós eleição de Trump e devido ao discurso ainda conservador de autoridades do BC, ressaltando a busca pelo centro da meta no ano que vem.

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