IPCA-15 – Outubro/17

IPCA-15 – Outubro/17

IPCA-15 Outubro/2017

A inflação medida pelo IPCA-15 em outubro ficou em 0,34% M/M, vindo ligeiramente abaixo da mediana das expectativas do mercado (0,35%). A inflação acumulada nos primeiros 10 meses do ano ficou em 2,25%, menor valor desde 2006 (quando foi 2,22%). A variação acumulada em 12 meses subiu entre setembro e outubro, de 2,56% A/A para 2,71% A/A.

A aceleração de 0,23 pp do IPCA-15 entre setembro (0,11%) e outubro (0,34%) se deu quase inteiramente no grupo Alimentação e bebidas (0,20 pp), que passou de -0,94% M/M para -0,15% M/M. Houve também maior inflação no grupo Habitação (de 0,26% para 0,66%) e Saúde (de 0,10% para 0,54%). No primeiro grupo destaca-se o aumento nos preços de botijão de gás, de 5,72% M/M, com influência de 0,07 pp no IPCA total e com os preços ao consumidor finalmente começando a refletir as altas feitas pela Petrobras no preço ao produtor. No caso de Saúde e cuidados pessoais, a maior contribuição veio do preço de perfume (3,09% M/M), que tem sido bem volátil nos últimos meses. A inflação de combustíveis, dentro do grupo Transportes, pressionou um pouco menos a inflação geral (variação de 1,29% M/M em outubro, contra 3,43% em setembro e 5,96% em agosto), com diminuição dos efeitos de aumento de impostos e de preços ao produtor.

A inflação de preços livres em outubro foi de 0,25% M/M, interrompendo uma série de três meses consecutivos de deflação (-0,18% em julho, -0,13% em agosto, -0,14% em setembro). A inflação de alimentos ficou menos negativa, como já mencionado, ajudando nesse movimento, junto com aumento na inflação de serviços (de 0,35% em setembro para 0,44% em outubro) e produtos industriais (de 0,08% para 0,36%). A inflação combinada de serviços e produtos industriais, os itens mais sensíveis à política monetária no IPCA, passou de 0,14% M/M em setembro para 0,40% M/M em outubro, voltando a subir também na comparação em 12 meses, de 3,21% A/A para 3,45% A/A.

O IPCA de outubro não trouxe muitas surpresas em relação às expectativas do mercado. A inflação em 12 meses voltou a subir após 13 meses consecutivos de queda, quando passou de 8,95% A/A em ago/16 para 2,56% A/A em set/17, agora subindo para 2,71% A/A. A inflação deve seguir se elevando na comparação em 12 meses até o final do ano, quando deve chegar a 3,0%, e até o final do ano que vem, quando deve ficar ligeiramente acima de 4,0%.

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