IPCA-15 – Setembro/16

IPCA-15 – Setembro/16

IPCA-15 – Setembro 2016

A inflação medida pelo IPCA-15 em setembro ficou em 0,23% M/M, abaixo da mediana das projeções do mercado (0,33%) e da expectativa da SulAmérica Investimentos (0,35%). Com essa inflação mensal mais baixa, a inflação acumulada em 12 meses diminuiu de 8,95% A/A para 8,78% A/A. Nos 9 primeiros meses do ano, a inflação acumulada é de 5,90%, contra 7,78% no mesmo período do ano anterior.

Em relação às expectativas da SulAmérica Investimentos, as grandes surpresas para baixo aconteceram nos grupos Alimentação e bebidas (-0,01% , contra expectativa de 0,26%) e Transportes (-0,10% contra expectativa de 0,21%). No grupo Transportes a grande surpresa se deu nos preços de combustíveis (com queda de -0,75% no preço da gasolina). No grupo Alimentação e bebidas, houve queda de -0,24% M/M nos preços de alimentação no domicílio, com diminuição forte na parte tradeables (de 1,82% no mês passado para 0,08%) e manutenção da variação negativa dos itens nontradeables (-1,53% contra -2,09% no mês anterior).

Nas categorias de uso, houve variação praticamente igual de preços administrados (0,23%) e livres (0,23%). Nos preços administrados isso significou continuidade da queda da variação de 12 meses (de 8,6% para 8,3%). A variação em 12 meses dos preços livres ainda permaneceu elevada, tendo caído de 9,05% A/A para 8,94% A/A.

A inflação de serviços como medida pelo BC recuou de 7,5% A/A para 7,2% A/A, mas preços de alimentação fora do domicílio e de passagens aéreas ajudou muito nesse movimento. A inflação de serviços excluindo esses itens ficou estável nos últimos 4 meses, tendo permanecido em 6,8% A/A em setembro. A inflação em 12 meses de bens industriais permaneceu estável no patamar elevado (6,5% A/A), mas na margem ela ficou em 0,28% M/M.

A inflação deve permanecer baixa na medição do IPCA de setembro, com a projeção da SulAmérica Investimentos sendo agora de 0,25% M/M. A inflação em 12 meses deve se reduzir consideravelmente ao longo dos próximos meses, devendo cair até em torno de 5,0% A/A em agosto do ano que vem.

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