IPCA – Abril/17

IPCA – Abril/17

IPCA – Abril 2017

A inflação medida pelo IPCA em abril ficou em 0,14% M/M, abaixo da mediana das projeções do mercado (0,16%) e da expectativa da SulAmérica Investimentos (0,18%). Em relação ao mesmo mês do ano anterior a taxa de inflação seguiu caindo, dessa vez ficando abaixo do centro da meta (4,08% contra centro da meta de 4,50%), pela primeira vez desde dez/09. A inflação acumulada nos quatro primeiros meses do ano é de 1,10%, contra 3,25% no mesmo período do ano anterior.

As maiores contribuições para a queda no IPCA em abril em relação ao mês anterior vieram das deflações de Energia Elétrica (-6,39%, com contribuição de -0,22 pp para o IPCA) e de Combustíveis (-1,95%, com contribuição de -0,10 pp). Na Energia Elétrica, a queda foi causada em boa parte pela decisão da ANEEL de devolver parte dos encargos cobrados indevidamente devido a Angra III neste mês, causando uma queda de 8% na energia elétrica no mês, que deve voltar a subir isso no mês de maio. A queda no preço no IPCA não chegou a 8% devido aos aumentos usuais que ocorreram a cada ano em algumas cidades, em especial Rio de Janeiro.

A surpresa em relação à expectativa da SulAmérica Investimentos se concentrou no grupo Medicamentos, que teve reajuste autorizado de até 4,76% no mês. Era esperada alta de 2,36%, mas ela foi menor, de 1,95%, representando 0,04 pp de IPCA a menos.

A inflação segue em queda em quase todos os grupos e categorias de uso. A diminuição nos preços de administrados (de 5,57% A/A para 4,22% A/A) deve ser devolvida em parte no próximo mês, devido à reversão dos preços de energia elétrica mencionada antes (devendo subir para 4,39%), mas no restante do ano deve seguir a tendência de queda do restante da inflação. A inflação de serviços ainda segue mais alta que o restante dos grupos (5,95% A/A contra 2,53% A/A dos alimentos no domicílio e 2,30% A/A dos bens industriais), mas deve diminuir para em torno de 5,0% A/A no final do ano.

A expectativa para o IPCA de maio é de variação de 0,55% M/M, com alta em especial devido ao aumento das tarifas de energia elétrica. O IPCA em 12 meses deve seguir diminuindo ao longo dos próximos meses, devendo chegar ao ponto mais baixo (em torno de 3,30%) em agosto, e subindo nos próximos meses e fechando o ano ligeiramente abaixo de 4,0%, em 3,95%.

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