IPCA – Agosto/16

IPCA – Agosto/16

IPCA – Agosto 2016

A inflação medida pelo IPCA ficou em 0,44% M/M em agosto, igual à mediana das projeções do mercado (0,44%) e um pouco acima da expectativa da SulAmérica Investimentos (0,42%). A inflação acumulada no ano é de 5,42% contra 7,06% no mesmo período do ano passado, e a inflação em 12 meses, após 6 meses de queda, voltou a subir, passando de 8,74% A/A para 8,97% A/A.

A inflação mensal diminuiu entre julho (0,52%) e agosto (0,44%), em grande parte devido ao grupo Alimentação e bebidas, cuja variação passou de 1,32% M/M para 0,30% M/M, com impacto de -0,26 pp no IPCA total. Houve diminuição das variações em três outros grupos (Transportes, Artigos de residência e Comunicação), com impacto menor (-0,03 pp somados os três grupos).Em compensação, houve aumento na variação de 5 grupos, com destaque indo para Habitação e Despesas Pessoais. Habitação subiu de -0,29% para +0,30%, com diluição dos efeitos da queda de energia elétrica em São Paulo em julho. Despesas Pessoais subiu de 0,70% M/M para 0,96% M/M, com o grande destaque sendo a variação dos preços de hotéis no Rio de Janeiro (111%), com as Olimpíadas.

Nas categorias de uso, o destaque fica para a inflação de serviços e bens industriais. A inflação de serviços, após ter recuado no primeiro semestre, tendo passado de 8,1% A/A em dez/15 para 7,0% A/A em jun/16, voltou a subir nos últimos três meses, para 7,1% A/A em julho e 7,4% A/A em agosto. A inflação de bens industriais, que atingiu um pico no primeiro trimestre do ano (6,9% A/A), estava recuando nos meses seguintes (até chegar a 6,4% A/A em jul/16), mas voltou a subir em agosto (para 6,6% A/A). A inflação ainda elevada nessas categorias de uso diminui a probabilidade de corte de juros no curto prazo, uma vez que o Copom ressaltou que ficaria atento a desenvolvimentos dessa parte da inflação mais sensível à política monetária.

Apesar de a inflação ter ficado igual ao esperado pelo mercado em agosto, alguns itens dentro dela vieram um pouco piores que o esperado, com a surpresa para pior vindo na inflação de bens industriais e serviços, componentes mais sensíveis à política monetária. A expectativa da SulAmérica Investimentos para o IPCA de 2016 é que ele fique em 7,3% A/A.

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